Aspecto da Catedral de Chartres, joia da escola francesa
Há 175 representações da Virgem Maria espalhadas pelos espetaculares vitrais azuis da Catedral de Chartres, município a 78 quilômetros de Paris. Exemplar gótico mais conservado da França, apesar de seus 800 anos, a igreja é um centro de peregrinação cristã.
Em uma de suas capelas fica a relíquia conhecida como Santo Véu, que segundo a crença católica, teria sido usado pela mãe de Jesus Cristo.
A peça sagrada, presenteada por Carlos, o Calvo, teria sido inclusive o motivo da construção da catedral, no século 12, após um incêndio que devastou a igreja românica que havia em seu lugar.
O fogo destruiu o templo em vários capítulos de sua história -- em um, inclusive, teria destruído o precioso véu da Virgem.
Para conservar a importância do templo, o manto milagrosamente reapareceu e uma nova e esplendorosa igreja foi construída.
De qualquer forma, o conjunto de torres, arcobotantes, a espaçosa nave e os vitrais tornam o conjunto uma visita obrigatória.
O Clocher Vieux, um dos pináculos assimétricos, é o mais alto campanário românico do mundo, com 105 metros. O mais elaborado Cloche Neuf, essencialmente gótico, tem uma vista estonteante dos arredores.
Para chegar lá, você tem que vencer 378 degraus.
CATEDRAL METROPOLITANA DA CIDADE DO MÉXICO
Uma das igrejas mais antigas das Américas, a Catedral Metropolitana da Cidade do México foi construída sob ordens do conquistador espanhol Hernán de Cortés sobre a antiga Tenochtitlán, no que hoje é a gigantesca praça do Zócalo.
A construção original foi substituída por outra de inspiração barroca, concluída em 1813.
Já as torres gêmeas barrocas que dominam a fachada que dá para a Praça da Constituição são do século 18. Há cinco altares principais e 14 capelas laterais, boa parte delas ricamente decoradas com painéis de madeira e esculturas.
O belo Altar de los Reyes, em estilo churrigueresca, levou mais de vinte anos para ser concluído.
Ao lado da catedral fica o Sagrario, uma construção barroca do século 18
CATEDRAL DE LIMA
A Catedral de Lima, em estilo barroco, já foi reconstruída cinco vezes, em razão de dados causados por terremotos, sempre mantendo o projeto o mais fiel possível ao original, em 1555.
Repare nos belos mosaicos e pinturas no altar de madeira entalhada.
Em 1756, recebeu os restos mortais de Francisco Pizarro, que ocupam uma capela de mármore. Nos fundos, funciona o Museu de Arte Religiosa.
A história da catedral de São Paulo começa em 1589, quando se decidiu que uma igreja principal (Matriz) seria construída na pequena vila de São Paulo de Piratininga. Esta igreja, situada no local da catedral atual, foi terminada em torno de 1616.
São Paulo transformou-se em sede de diocese em 1745, e a partir dessa data, a antiga igreja foi demolida e substituída por uma nova, construída em estilo barroco, terminada em torno de 1764. Esta modesta igreja seria a catedral de São Paulo até 1911, quando foi demolida.
NeogóticoA catedral atual foi construída por iniciativa de Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo. Os trabalhos começaram em 1913 no local da catedral colonial demolida. O arquiteto responsável foi o alemão Maximilian Emil Hehl, que projetou uma enorme igreja em estilo eclético, por possuir vários elementos de estilos distintos, como a cúpula e o arco ogival, mas que predomina claramente o neogótico, inspirada nas grandes catedrais medievais europeias.
Todos os mosaicos, esculturas e mobiliário que compõem a igreja foram trazidos por navio da Itália. Entretanto, devido às guerras mundiais, houve grande dificuldade para se concluir a obra.
Assim, a inauguração da nova catedral ocorreu somente em 1954, com as torres ainda inacabadas, mas a tempo para a celebração do quarto centenário de São Paulo, no dia 25 de janeiro. As torres foram terminadas somente em 1967. As obras foram tocadas inicialmente por Alexandre Albuquerque, e, a partir de 1940, por Luís Inácio de Anhaia Melo.
RestauroApós um longo período de deterioração, a catedral foi completamente renovada entre 2000 e 2002. Com o fim de reparar o edifício, muitos pináculos sobre o navee as torres foram terminados. As plantas originais, datadas de 1912, foram encontradas dentro do próprio edifício, permitindo uma restauração fiel ao projeto original.
A restauração incluiu reparos nos vitrais, revitalização dos sinos, manutenção das redes hidráulica e elétrica, resolução de problemas que ameaçavam a estrutura - como rachaduras e infiltrações - e lavagem e pintura do prédio. Restaurada, a catedral ganhou 14 torreões novos, previstos no projeto original de 1912 de Maximilian Emil Hehl.
Em 2002, reabriu as portas após obras que consumiram R$ 19,5 milhões.
O edifícioA catedral é a maior igreja de São Paulo, com 111 metros de comprimento, 46 de largura, duas torres com 92 metros de altura e uma enorme cúpula. Tem capacidade para abrigar 8.000 pessoas. No acabamento foram usadas 800 toneladas demármore. Suas medidas a tornam uma das maiores igrejas do Brasil e do mundo.
Em termos arquitetônicos, a igreja tem forma de cruz latina, com cinco naves e transepto com cúpula sobre o cruzeiro. A fachada, dotada de um portal principal e uma grande rosácea, é flanqueada por duas altas torres. O estilo elegido foi oneogótico, então em voga no Brasil, mas a cúpula é inspirada por estruturas renascentistas como o célebre domo daCatedral de Florença.
ÓrgãoO órgão da catedral foi construído em Milão pela firma italiana Balbiani & Rossi em 1954. Sua inauguração ocorreu em 25 de novembro de 1954, no "Dia de Ação de Graças", doado pela companhia Antárctica (hoje AmBev). Foi restaurado em (1996-1997) sob o patrocínio do Banco Real. O instrumento tem dois corpos e uma "console" (mesa de teclados), colocada atrás das colunas que rodeiam o altar-mór, com cinco teclados (cada um com 61 teclas) e uma pedaleira. Possui cerca de 12 mil tubos sonoros e 124 registros, sendo 112 os registros reais. Cada teclado possui, prontas, cinco combinações sonoras fixas e seis combinações manualmente ajustáveis. Quanto à fônica, o organista dispõe de um complexo sonoro de timbres peculiares. É o maior órgão de tubos do Brasil e da América Latina
Cripta
A cripta localiza-se debaixo do altar principal e é um vasto salão suportado por várias colunas e arcos de perfil gótico. Nela estão sepultados bispos e arcebispos de São Paulo e vários personagens importantes da história do Brasil. Entre estes, encontram-se: o índio Tibiriçá e o cacique Guaianás, que tiveram papel importante na fundação de São Paulo. Outro personagem ilustre sepultado na cripta é o Regente Feijó, governante do Brasil durante o Período regencial. Encontra-se, ainda, parte dos restos mortais do sacerdote Bartolomeu Lourenço de Gusmão, brasileiro a quem foi dada a primeira patente de invenção em 1707.
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da alta sociedade, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual.
A arquitetura gótica substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Como consequência, os edifícios góticos ganharam um aspecto mais leve, e as janelas, mais amplas e altas, foram decoradas com belos vitrais coloridos que filtravam a luz natural, e com isso, criavam um "clima" de misticismo em seu interior.
A Sainte-Chapelle é uma capela gótica situada na Ilha de la Cité em Paris, construída no século XIII por Luís IX (São Luís). Foi projectada em 1241, iniciada em 1246 e concluída muito rapidamente, sendo consagrada em Abril de 1248. O seu patrono foi o devoto rei francês Luís IX, que a construiu para servir de capela do palácio real. O restante do palácio desapareceu completamente, sendo substituído pelo actual Palácio da Justiça. Depois de terminada, a Sainte-Chapelle carecia de santificação pela presença de relíquias apropriadas e, assim, obteve-se a coroa de espinhos de Cristo, obtidas do imperador latino de Constantinopla, Balduíno II, pela exorbitante soma de 135.000 libras. Para ter uma ideia de relatividade, a construção de toda a capela custou 45.000 libras. Além de outras relíquias, acrescentou-se ainda um fragmento da Vera Cruz e, desta forma, o edifício tornou-se um precioso relicário. Consiste de duas capelas sobrepostas, a inferior reservada aos funcionários e moradores do palácio, e a superior para a família real. A ideia de uma capela palaciana se baseou na Igreja da Virgem de Pharos, anexa ao Grande Palácio de Constantinopla, onde estavam as relíquias saqueadas pelo Império Latino durante a ocupação da capital do Império Bizantino (1204 - 1261).
Os aspectos mais belos e notáveis da construção, considerados os melhores do seu género em todo o mundo, são os seus vitrais emoldurados por um delicado trabalho em pedra, com rosáceas acrescentadas à capela superior no século XV. Não existe nenhuma menção directa ao arquitecto, mas o nome de Pierre de Montreuil, que reconstruiu a abside da Abadia Real de Saint-Denis e completou a fachada de Notre Dame, é por vezes associado ao projecto. Durante aRevolução Francesa a capela foi transformada em escritório administrativo e os vitrais foram tapados com enormes armários. A sua beleza oculta foi assim inadvertidamente preservada do vandalismo que sofreu em outras partes, tendo sido destruídos os assentos do coro e o painel do altar principal, o pináculo do tecto deitado abaixo e muitas das suas relíquias dispersas. No século XIX Viollet-le-Duc restaurou a Sainte-Chapelle, e o pináculo actual é obra sua.
Cem quilômetros a sudoeste de Munique o separam de uma das maiores obras-primas do estilo rococó em todo o mundo. Numa área campestre isolada da Baviera, próxima à fronteira com a Áustria, encontra-se essa joia listada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A pequena igreja de Wieskirche ganhou fama por conta de uma imagem do Cristo Flagelado que supostamente derramava lágrimas. Peregrinos de todo o mundo cristão, principalmente da Europa Central, começaram a afluir para cá.
O exterior razoavelmente sóbrio, com uma fachada simples com influências barrocas, não dão pista de seu espetacular interior. A nave e o altar são de alegórica beleza, cheias de rebuscamentos típicos do estilo projetado pelos arquitetos-irmãos Dominikus e Johann Baptist Zimmermam. Os ricos afrescos do teto, representam Jesus no julgamento final.
Não há palavras, nem fotos, nem infográficos que sejam capazes de explicar o que é e qual o significado doTemple Expiatori de la Sagrada Família. Singelos detalhes compõem a impressionante fachada da Natividade e os cantos mais obscuros de sua galeria transversal. Uma engenharia impressionante está presente no portão da Paixão, nas colunas da nave e nas imensas torres dos apóstolos – que, por incrível que pareça, serão as menores quando a igreja for concluída. A simbologia desses elementos é a mais eloquente manifestação do gênio de Gaudí e seu amor pela natureza, e da própria identidade cultural catalã. Não é possível saber se um dia a veremos concluída, mas, debaixo das abóbadas consagradas pelo papa Bento XVI, já se sente o sagrado entre guindastes e pedreiros.
Quando as obras se encerrarem, a Sagrada Família, terá dezoito torres: doze campanários representando os apóstolos, quatro homenageando os evangelistas, um para a Virgem Maria e a mais alta de toda consagrada a Jesus Cristo. Quando terminada, será a mais alta igreja católica do mundo. As três fachadas (Natividade, Paixão e Glória) receberam adornos com fortes relações à natureza, ao povo e à cultura catalães, assim como seu cavernoso e aerado interior gótico moderno.
As previsões mais recentes apontam para o término das obras para o fim da década de 2020, mas isto depende muito das doações e dos inúmeros estudos para manter a obra a mais fiel possível aos projetos de Gaudí.
Quem visita Moscou já tem uma atração em mente: a formidável Catedral de São Basílio. A multicolorida e alegórica igreja ortodoxa cristã fica no coração da cidade, na Praça Vermelha, junto aos muros do Krêmlin. Construído sob ordens de Ivan, o Terrível, após sua vitória na batalha de Kazhan, esta é provavelmente a imagem mais conhecida da Rússia no exterior.
Seus domos coloridos encimam pequenas capelas, sendo uma representação da Cidade de Deus revelada a São João, o Divino. Com claras influências bizantinas, o projeto de Posnik Yakolev foi concluído em 1561. Uma das lendas mais resistentes ligadas a São Basílio é que o czar, satisfeitíssimo com o trabalho final, mandou cegar o arquiteto para que ele nunca mais pudesse construir algo semelhante. O fato é que várias obras de Yakolev, incluindo a Catedral de Vladimir, foram levantadas após a policromática catedral moscovita.