Discussão: :. O Abraço: 05 de novembro de 1983 .:

:. O Abraço: 05 de novembro de 1983 .:


Mérida Chastain ( Administrador )


Os passos eram mais rápidos, as batidas mais fortes, eles estavam chegando, a garota não sabia ao certo quantos eram mais estava com medo. Ela não sabia o que fazer, vestia um sobre tudo preto até o joelho deixando o resto das pernas a mostra, estava com alguns cortes nos braços, estava um pouco fraca, porém continuou correndo como uma ovelha que foge do lobo faminto. Sem olhar para trás derrubando tudo que via pela frente. Ela aparentemente estava em uma concentração que mais parecia um hospital com corredores enormes e luzes fortes, brancas no teto, paredes não muito altas, e um silencio de cortar a alma. O único som que se ouvia era de sua respiração ofegante que demonstrava o cansaço da garota que tinha um único objetivo: Escapar com vida.
O silêncio mortal cortou-se com barulho estranho, sabia que estavam cada vez mais perto, ela sem pestanejar apreçou o passo com muita velocidade, porém as investidas dos estranhos aumentavam cada vez mais. Ela continuou correndo a ponto de entrar em um corredor sem saída. Olhou de um lado para o outro o desespero tomou conta do seu ser, o medo bateu na porta da sua alma como se quisesse arrancá-la do corpo com um único solavanco sem a mínima piedade, por um momento ela entrou em transe seus olhos reviraram e ela ficou tonta, porém em questão de segundos se recompôs e quando abriu os olhos viu cinco homens com armas engatilhadas prontas para fuzilá-lo naquele mesmo instante. - Fogo! - Gritou o que estava no meio, era o mais alto e parecia ser o líder daquele grupo, sem demora todos obedeceram ao comando e abriram fogo contra o rapaz, a garota fechou os olhos esperando por sua morte, quando de repente foi empurrada por contra a parede batendo com a cabeça forte. - Deixem-na comigo! -Estava tonta e ainda mais fraca só conseguiu ouvir voz estranha que apareceu do nada, era um homem loiro de aproximadamente um metro e oitenta de altura, que logo em seguida se aproximou da garota com uma de suas mãos estendidas, enquanto isso os soldados atenderam como cachorrinhos o comando do tal homem - Méri... Meri... Como sempre corajosa, enfrentando pessoas que não deveria... Que coisa feia! - Disse ele em um tom de sarcasmo iminente ajoelhando-se na frente da garota que demonstrava um pouco de raiva em seu olhar. Mesmo sabendo que ele estava certo como o mesmo disse ela não abaixava a cabeça pra ninguém, nem quando sabia que estava preste a morrer. Não desviou o olhar mais logo notou que estavam sozinhos, os outros homens já não estavam mais ali, quem era aquele que estava a sua frente. Respirou fundo sentindo ele se aproximar e colocar uma de suas mãos em seu rosto e com a outra juntar seus cabelos colocando todo de um lado deixando seu pescoço a mostra, suspirou ao sentir seu corpo se arrepiar, ele era frio, palido. O que ele realmente era? Ela não sabia. - O que pensa que esta fazendo? Pare com isso agora. - Disse Anna com um tom de autoridade e um olhar serio, ao mesmo tempo tentou se afastar mais já estava encostada na parede, não tinha se quer como fazer qualquer coisa. - Ora minha cara princesa, eu não teria coragem de lhe fazer nenhum mal. - Deu um pequeno sorriso pra garota, aproximando seus lábios frios do pescoço dela, cravando suas presas fazendo com que naquele mesmo instante ela sentisse uma queimação insuportável. Ele a soltou rapidamente, a boca dele estava suja de sangue, lançou um olhar significativo. - Meri, Agora eu lhe darei a eternidade. - A garota não conseguia ver, estava fraca de mais, nunca esteve tão fraca mais mesmo assim forçava sua mandíbula, ela queria gritar ainda tremia um pouco, e a sua respiração era rápida e profunda, mas falha. Então ele se aproximou novamente, mordendo o próprio pulso enquanto abria a boca dela para que ela tomasse o sangue que pingava sobre seus lábios. - Vamos, você precisa beber isso.- Ele colocou o pulso sobre a boca da garota e mesmo sem entender o que estava acontecendo manteve seus olhos e pulsos fechados. Mais naquele momento a única coisa que ela sabia era que precisava do sangue dele para sobreviver. O gosto era estranho, era doce, era bom...
Ele retirou o pulso dos lábios da garota e ela ofegou, queria mais. Ele ficou ali parado por um tempo até que o tremor começou a passar, e a dor amenizava, estava passando, até que finalmente a dor cessou e ele sumiu no meio da escuridão. O coração dela pulsou fraco, uma última vez e parou. No mesmo instante ela pôde perceber que estava diferente, que já não era a mesma. Mérida havia se transformado em uma vampira. Enfim o tempo para ela se tornou eterno, já não se importava de ter que esperar. Um século seria praticamente como um ano ou uma semana. Ela sabia que por trás daquela beleza espectral de vampira ia ser difícil manter um segredo tão “obsceno” como o dela.

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