Olá, queridinhos, me chamoPaola Bracho. Tive uma infância perfeita, meus pais eram um casal de espanhóis que me davam tudo do bom e do melhor. Minha adolescência não era para ser diferente, sempre fazia sucesso com os homens por causa da minha fascinante beleza. Não demorei para conhecerCarlos Daniel Brachoe me interessasse por ele, já que o mesmo se mostrou encantado pela minha beleza. Além de lindo, charmoso, interessante, louco por mim.. ele era rico, um dos proprietários da Cerâmica Bracho, perfeito pra mim! Não medi esforços pra conquistá-lo até me casar com ele. Só o que eu não esperava, era ter que morar naquela mansão com toda aquela gente chata da família dele! Mas não importa, eu iria suportar tudo para me manter casada com ele e ter uma vida de rainha. Eu vivia entediada naquela casa,Piedade, a avó do meu marido, era uma velha chata, tive que começar a influenciá-la no álcool para que me deixasse em paz, até que se tornou uma alcoólatra, graças a mim. Também havia as crianças, filhos do primeiro casamento de Carlos Daniel. O problemáticoCarlinhos, e a espivitada daLizete, não me encaixava como mãe de família, detestava ter que fazer esse papel diante de todos. A mais intolerante da casa eraEstephanie, irmã adotiva do meu marido, ela desde o começo bateu de frente comigo, o único legal naquela casa, era o meu cunhado,Willy, marido da irritante da Estephanie. Me identifiquei com Willy justamente por ele se mostrar como eu, entediado com toda aquela família.. não havia o que fazer lá, me sentia presa, eu.. que sempre gostei de festas, me divertir, presa como uma senhora. E então, acabei por me envolver com meu cunhado, nos tornamos amantes em nossa própria casa, foi aí que o casamento dele com Estephanie desandou de vez, até que a mesma se tornou praticamente uma beata, perdendo finalmente o interesse de Willy por ela. Desde então que comecei com esse tórrido caso do qual me divertia muito, consegui arrumar várias saídas, e nessas saídas conheci homens das quais também me envolvi, comoDonato D'Angeli, um pintor que acabou me pintando nua; usei uma identidade falsa com o nome deNoéliapara me relacionar com o milionárioDouglas Maldonado. Muitos outros passaram em minha vida, e um dos marcantes, foraLuciano Alcântara. Sempre inventava desculpas para meu marido para que ele me deixasse viajar ''sozinha'', dizia que não estava bem de saúde, que ia fazer alguns exames, e ele, como sempre acreditava. Em uma dessas viagens, fui para o litoral acompanhada de Luciano, e por obra do destino, conheciPaulina Martins, uma mulher idêntica a mim, que poderia passar-se facilmente por mim sem nunca que desconfiassem. Foi aí que tive a idéia de usá-la para usurpar o meu lugar por 1 ano na casa dos Bracho, em troca de um bom dinheiro, enquanto eu poderia desfrutar de viagens comAlexandre Farina. Mas além de morta de fome, Paulina era orgulhosa, não aceitou a substituição, então tive que forjar um roubo de uma pulseira e culpá-la para encurralá-la a aceitar a minha tentadora proposta, era simples, a cadeia ou a substituição, e ela optou pela substituição, como eu queria! Em alguns dias, ensinei à ela como se portar como eu diante dos Bracho, ser fina e elegante, quem era cada integrante da família, avisei sobreLeda, uma prima distante de Carlos Daniel que vivia atras dele, eu a odiava! Mas ela nunca conseguiria arrancar o meu marido de mim. Estava tudo pronto para Paulina ser por um ano, eu, Paola Bracho. Em meio esse tempo, enquanto a mosca morta ficava lá aguentando tédio em meu lugar, me diverti muito com Alexandre, até que sofremos um acidente e acabei por ter que fazer uma operação de alto risco, mas que foi muito bem sucedida em Houston. Alexandre ficou preso em uma cadeira de rodas, e eu não iria perder a minha vida pra ficar cuidando de um inválido! Minha sorte é que o termo de um ano da substituição estava no fim, e eu finalmente voltei para mansão dos Bracho, da qual fui recebida friamente. Não sabia o que Paulina havia aprontado para que mudassem comigo, até Piedade se mostrou indiferente, e para minha surpresa, estava curada do vício, maldita Paulina Martins! Tentei arrancar deLalinha, a empregada leal que sabia de todos os meus casos, a verdade, mas ela se manteve calada, até que finalmente descobri que todos na casa sabiam sobre a usurpação! Então, não tive muita escolha a não ser fugir com Douglas Maldonado, que agora sabia meu verdadeiro nome. Nessa minha ''fuga'' sofri outro grave acidente que me deixou como um vegetal. Ele por fim, decidiu me entregar novamente à família, e por obrigação, tiveram que manter todos os cuidados comigo no hospital, ate que eu comecei a recuperar meus movimentos, sem que ninguém soubesse. Diante de todos, incluindo os médicos e enfermeiros, mantive a pose de''bela adormecida''até que em um dia,Elvira, uma das enfermeiras, me flagrou de pé.
Tive que fingir de vítima para que ela não me denunciasse, inventei uma história, e ela acabou-se por convencer-se que os Bracho e Paulina eram os culpados por toda a minha desgraça. Então a tive como aliada, e nesse tempo no hospital fingindo estar inválida, descobri que Paulina era minhairmã gêmea, quePaula Martins, na qual tinha visitado antes de morrer, para ameaçar Paulina, eranossa mãe. E que Paulina, agora presa apenas esperando o julgamento, estava decidida a se declarar culpada, me livrando por fim de qualquer incômodo com a justiça. Em meio a esse tempo, Carlos Daniel se mostrou indiferente comigo, na verdade ele me odiava, já que havia descoberto a minha infidelidade, incluindo com o Willy, seu próprio cunhado. Não me mostrei arrependida, e não estava, mesmo ele sendo um bom partido, não gostava da vida que levava ao lado dele, e se ele quizesse se ver livre de mim, teria um preço muito alto por minha aceitação amigável do divórcio. No julgamento, acusei Paulina Martins de tudo, me fiz de vítima como sempre! E ela, aceitou todas as acusações, me aproveitei pelo nosso parentesco. Mesmo diante disso, o advogado dela,Edmundo Serrano, acabou por conseguir livrá-la da cadeia. Por uma invalidez falsa, consegui voltar para casa dos Bracho, os quais me trataram mal, mas isso nem me importava.. eu queria apenas infernizá-los com a minha presença! Propuz a Carlos Daniel que em troca do divórcio, me desseum milhão de dólares, mas o mesmo não aceitou, então continuei com o plano de me instalar na mansão, onde eles teriam que me engolir até que me dessem tudo o que eu queria para sair de lá. Me aliei ao Willy a destruir a fábrica Bracho, iríamos incendiá-la, por vingança. Voltei a andar, alegando à todos que havia sido um''milagre de Deus'', só Paulina acreditou. Mas a sonsa da Elvira acabou por me trair, contou aos Bracho que eu nunca havia estado inválida! Então, resolvi me vingar dessa cretina, ia fazer a mesma nunca mais abrir a boca. A convenci a sair de carro comigo para pegar o dinheiro no banco e pagar seus honorários para que pudesse voltar para o hospital, mas, em alta velocidade, entreguei o jogo dizendo que sabia de sua traição, a mulher por sua vez, tentou parar o carro, e foi aí que sofri o mais grave dos acidentes, do qual Elvira morrera na mesma hora. Meu corpo foi queimado na explosão, cheguei a entrar em coma, e foi aí que percebi, diante de todos que me cercavam, todos aqueles que fiz mal, que estavam lá, preocupados comigo, incluindo Carlos Daniel. Não sabia se iria sobreviver, parecia que a morte seria o melhor alívio, para mim e para todos. Mas não podia morrer sem pedir o perdão para todos, e dar meu concentimento à Paulina, para que depois de minha morte, se unisse a Carlos Daniel e cuidasse das crianças e de todos os membros da família, já que ela havia conquistado a todos. Fora difícil confessar todos os meus pecados, traições, desejos de vingança ao meu marido, que por pena, me perdoou. Assim fiz com Piedade e Paulina, ambas também não guardaram rancor. Os dias se passavam e minha tortura continuava, dores terríveis dominavam o meu corpo. Aos poucos, como um milagre de Deus, dessa vez sim, um milagre, aquilo tudo foi passando, e eu me vi fora de perigo, tendo novamente a chance de viver, mas dessa vez, sem nenhuma mentira ou manipulação. Pensei em ir embora de vez, tentar construir uma vida longe das pessoas a quem tanto fiz mal, e deixar o caminho livre para minha irmã se casar com Carlos Daniel, mas para minha surpresa, a mesma preferiu ir embora, desistindo do homem que eu também amava, e que não havia dado valor. Antes, Paulina me pedira para não abandonar Carlos Daniel, que ele ainda me amava, apesar de tudo, não pude deixar de ficar feliz com aquilo, então, decidi tentar reconquistá-lo, e consegui. Foi muito árduo conseguir o respeito, a confiança e amor novamente de todos aqueles que fiz mal, principalmente Carlos Daniel, a qual fora a maior vítima da minha ganância e da minha vida promíscua. Hoje, me encontro feliz, com a minha família, confesso não ser aquele tipo de mulher ideal para ser dona do lar, pois continuo arrogante, e ambiciosa, mas controlada. Cuido das minhas crianças, que agora os considero como meus filhos, e suporto tudo na mansão por amor aele, aomeu maridoque me deu uma segunda chance para sermos felizes e me tornar alguém melhor.