


Certa vez um rei resolveu dar uma grande festa. Mandou, então, seus soldados, colocarem convites em todos os cantos do reino, convidando a todos, ricos ou pobres, para participarem da festa no castelo.
O povo se alegrou e correram pra se preparar para a festa.
Um mendigo que morava na cidade, ficou muito feliz, pois há muito tempo não comia decentemente. Ao se aproximar do cartaz com o convite, seu semblante foi aos poucos se transformando.
- Onde já se viu! gritava ele, esse rei é louco! esbravejou.
O mendigo estava desse jeito porque no final do convite, havia uma condição: É obrigatório o uso de vestimentas especiais.
Onde iria conseguir tais roupas ?
Resolveu falar com o rei.
Logicamente os guardas do palácio barraram sua entrada. Mas ele, da porta do castelo, gritava a pleno pulmões:
- Eu quero falar com o rei. eu tenho esse direito.
Os Guardas sabendo que seu rei era muitíssimo sábio e bondoso resolveram comunicá-lo da presença do mendigo.
O rei prontamente mandou que o mendigo entrasse.
Depois que o mendigo apresentou suas razões o rei concordou com ele e disse:
- O que me pedes é muito justo, apenas roupas adequadas e limpas para vir à festa.
Chamou seu filho e disse:
- Leve esse homem ao quarto real e lhe dê roupas novas a sua escolha.
À medida que caminhava pelo interior do castelo o mendigo ficava boquiaberto com tanta beleza e tanta riqueza. O quarto real, então, era indescritível, era tão grande, mas tão grande, que seria capaz de se perder dentro dele. As roupas reais eram tantas, uma mais linda do que a outra, que o mendigo não soube escolher nenhuma. Precisou de ajuda. O filho do rei então escolheu uma das mais belas vestimentas do pai para o mendigo.
Após vestir-se o mendigo pegou sua trouxa de roupas sujas e rasgadas e colocou-a debaixo do braço. Estava saindo quando o filho do rei lhe perguntou:
- Porque você não joga esses trapos fora?
- Ah não! deixa assim mesmo, pois quando essas roupas novas se gastarem eu posso muito bem precisar desses meus trapinhos. Vou guardá-los aqui, debaixo do braço, bem perto de mim.
O mendigo virou as costas e saiu.
Chegou o dia da festa. Vieram muitos convidados de todos os cantos. Todos se divertiam e comiam à vontade, exceto o mendigo, que, permanecendo com a trouxa de roupa velha debaixo do braço, não podia se servir, nem comer direito. A trouxa atrapalhava seus movimentos e com uma só mão era difícil de se virar. Não comeu quase nada e também não pode dançar.
A certa altura da festa o mendigo ficou tão irado com sua situação, que saiu dando pontapés em tudo que tinha pela frente. Saiu sem aproveitar da festa, sem comer nada, sem dançar e sem participar. Tudo por causa da trouxa de roupas sujas que insistia em não largar.
Ao sair do castelo, praguejando, tropeçou numa de suas roupas velhas que pendia da trouxa e caiu do alto da escada. Rolou até lá em baixo. Acabou todo machucado e com suas roupas todas rasgadas.
A música parou e a multidão fez silêncio. Todos olhavam horrorizados para o pé da escada, onde o mendigo permanecia estendido.
O rei foi chamado.
O Rei parou em frente ao mendigo e disse:
- Não precisava ser assim…Não precisava…. As roupas que eu mandei lhe dar eram as mais especiais do reino. Mas você resolveu se apegar ao passado, resolveu agarrar-se aos seus trapos antigos. Prendeu-se tanto a eles que não pode aproveitar a festa. Pior, o seu passado arruinou você.
Assim também somos nós, temos recebido contantemente durante a nossa vida, vestes especiais.
Precisamos saber aceitar o presente e esquecer os nossos trapos velhos.
Aquela era uma noite como outra qualquer, para aquele moço que voltava para casa pelo mesmo roteiro de sempre, há três anos.
Ele seguia, tateando, com sua bengala para identificar os acidentes do caminho, que eram seus pontos de referência, como todo deficiente visual.
Mas, naquela noite, uma mudança significativa havia acontecido no seu caminho: um pequeno arbusto, que lhe servia de ponto de referência e estava sempre no mesmo local, foi arrancado.
A rua estava deserta e ele não conseguia mais encontrar o rumo de casa.
Andou por algum tempo e percebeu que havia se afastado bastante da sua rota, pois verificou que estava numa ponte sobre o rio que separa a sua cidade da cidade vizinha.
Era preciso encontrar o caminho de volta. Mas como, sem o auxílio da visão?
Começou a tatear com sua bengala, quando uma voz trêmula de mulher, lhe indagou:
- O senhor está em alguma dificuldade?
- Acho que me perdi, respondeu o rapaz.
- Foi o que pensei, comentou a mulher. Quer que o acompanhe a algum lugar?
O rapaz lhe deu o endereço, e ela, oferecendo-lhe o braço, conduziu-o até à porta de casa.
- Não sei como lhe agradecer, falou o moço.
- Eu é que lhe devo um agradecimento, respondeu ela, já com voz firme.
- Não compreendo, retrucou o rapaz.
A jovem senhora explicou:
- Há uma semana meu marido me abandonou. Eu estava naquela ponte para me suicidar, pois geralmente àquela hora está deserta. Aí encontrei o senhor tateando sem rumo, e mudei de idéia.
A Chefe de Alice
Alice era boa funcionária, atenciosa, educada e eficiente no trabalho,
no entanto era subordinada a uma Chefa terrível.
Quando Alice chegava pela manhã e falava “bom dia”,
a Chefa respondia com uma pergunta:
- Por que não chegou mais cedo?
Se chegasse antes da hora, a Chefa não estava lá, mas ficava sabendo
e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente,
mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos.
Parecia uma mulher má, implicava com tudo, até que certo dia Alice se cansou
e decidiu demitir-se: ?
Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que está preso aqui dentro?, pensou.
Exatamente nesse dia ela estava almoçando quando encontrou Fernanda, responsável pela motivação na Empresa.
Fernanda convidou Alice para assistir a um treinamento naquela tarde.
- Não posso, tenho expediente a cumprir.
- E por que não?
Alice explicou sobre sua Chefa, que vivia implicando com ela e Fernanda lembrou que pior a situação não poderia ficar, além do que, se a Chefa lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho naquela tarde, ao menos, dessa vez teria motivo.
Alice lembrou que no dia seguinte iria demitir-se, por isso resolveu ir ao encontro.
Ali ouviu referências a respeito do perdão.
Fernanda começou a palestra:
- O perdão é bom para você. Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito, mas você se sentirá melhor. Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso, mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele…
Ao final do treinamento, Alice concluiu que sua Chefa estava muito doente
e tomou uma decisão: Não vou deixar que ela me atormente mais e nem vou abandonar o trabalho que gosto tanto.
No dia seguinte, Alice chegou e cumprimentou sua Chefa:
- Olá.
A Chefa foi logo lhe perguntando o que havia acontecido. Ela nunca a havia cumprimentado dessa maneira, estava diferente.
Alice falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a Chefa para tomar chá, ao final da tarde.
A reação veio logo:
- Você está me convidando para o chá só para eu não reclamar de sua falta?
Alice calmamente respondeu:
- Pode reclamar. A senhora pode até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá!
Ao final da tarde lá estavam elas juntas à mesa tomando o chá da tarde, para iniciar uma grande amizade.
Além das Aparências
Certo dia, Marcelo, um pai de família, voltava do trabalho dirigindo num trânsito bastante pesado. De repente, olhando pelo espelho retrovisor percebeu um carro que vinha apressadamente, cortando todo mundo, o carro vinha forçando a passagem, acendendo e apagando as luzes.
Ao tentar passar, o carro deu-lhe uma tremenda fechada. O calor da raiva percorreu o corpo de Marcelo, não pensou duas vezes, e gritando xingou com palavrões o homem que apenas olhou e continuou o seu percurso apressadamente.
Ficou com muita raiva do acontecido e pensando que era mais um maluco no trânsito e que talvez estivesse até embriagado achou melhor esquecer e continuar o seu trajeto.
Chegando em sua casa, Marcelo recebeu a triste notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente de trânsito e que estava no hospital, imediatamente lembrou do carro tão apressado que encontrara no trânsito e pensou: Um maluco como aquele colocou a vida do meu filho em risco.
Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua esposa veio ao seu encontro e o tranquilizou dizendo:
- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo.
Marcelo, aliviado, foi até o médico para agradecê-lo.
Qual não foi sua surpresa quando percebeu que o médico era aquele homem cujo carro havia forçado passagem quando voltava para casa.
Por trás de uma atitude, sempre existe uma história, um motivo que leva as pessoas a agirem de determinada forma.
Uma lição que todo cristão deve aprender é exatamente de não julgar conforme as circunstâncias, a bíblia nos diz que a justiça humana são como trapos de imundícia. Muitas vezes julgamos as pessoas e até mesmo a Deus por determinados acontecimentos, isso revela não somente uma ingratidão para com o Senhor como também falta de fé, de que Ele cuida de nós e tem o seu propósito para as nossas vidas.
Pare de Comer Açucar
A mãe trouxe seu filho ao Mahatma Gandhi.
Ela implorou:
- Por favor Mahatma. Diga ao meu filho que ele pare de comer açúcar.
Gandhi fez uma pausa e disse:
- Traga seu filho de volta em duas semanas.
Confusa, a mulher agradeceu e disse que faria o que o Mahatma pediu.
Duas semanas mais tarde ela retornou com seu filho.
Gandhi olhou o jovem nos olhos e disse:
- Pare de comer açúcar.
Agradecida mas inconformada, a mulher perguntou:
- Mahatma, por que o senhor me pediu para trazê-lo em duas semanas? O senhor poderia ter dito a ele, como fez agora, há duas semanas atrás!
Gandhi responde:
- Há duas semanas atrás, eu estava comendo açúcar.
Nos dias atuais é muito comum ouvir alguém falando sobre Deus, não é difícil encontrar cristãos que falam sobre a igreja, teologia, etc…
O difícil é ver de fato alguém agindo como Cristo, mesmo os cristãos tem dado péssimos exemplos, sem misericórdia para com o próximo, entram na justiça, não perdoam, não doam generosamente, não amam verdadeiramente o próximo, mas o discurso é de um cristão.
Não foi assim com Cristo:
Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. João 5:30
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? João 14:9
Relato verídico de um Pai:
Há um ano atrás eu me sentei a minha mesa com as contas do mês e pagamentos vencidos diante de mim, quando meu garotinho cheio de alegria entrou correndo na sala e anunciou impetuosamente:
- Feliz aniversário, papai! Mamãe disse que você está completando 35 anos hoje, por isso eu vou lhe dar trinta e cinco beijos, um para cada ano.
- Ele começou a fazer o que prometera, quando eu exclamei:
- Oh! Meu filho, agora não; estou tão ocupado!
Seu silêncio atraiu minha atenção.
Olhando-o percebi que havia lágrimas em seus grandes olhos azuis.
Desculpando-me eu disse:
- Você pode terminar amanhã.
Ele não respondeu, mas não foi capaz de disfarçar o seu desapontamento enquanto se afastava.
Naquela mesma noite, arrependido, eu lhe disse:
- Venha cá e termine de me dar seus beijos agora.
Ou ele não me ouviu ou não estava mais com vontade, pois não me atendeu.
Dois meses depois, em resultado de um acidente, Deus o levou meu filho para o Céu.
Seu corpo foi sepultado em um pequeno cemitério perto de um lugar onde gostávamos de brincar.
Naquele lugar pensativo pude entender que por mais belos que fossem os cantos dos pássaros, eles não eram mais doces que a voz do meu filho.
Na vida temos que repensar quase que diariamente nosso senso de prioridade. As coisas e o mundo nos fará mudar os valores que aprendemos com Cristo, por isso é tão importante realinharmos a nossa vontade, desejos e convicções com as do Pai.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Mateus 7:21