Quem alisa meus cabelos? Quem me tira o paletó? Quem, à noite, antes do sono, acarinha meu corpo cansado? Quem cuida da minha roupa? Quem me vê sempre nos sonhos? Quem pensa que sou o rei desta pobre criação? Quem nunca se aborrece de ouvir minha voz? Quem paga meu cinema, seja de dia ou de noite? Quem calça meus sapatos e acha meus pés tão lindos? Eu mesmo.
Ama a simplicidade Ama a vida Ama a beleza Ama a Poesia Ama as coisas que dão alegria Ama a natureza e a reverência pela vida Ama os mistérios Ama Deus
Foi nessa idade que a poesia me veio buscar Não sei de onde veio Do inverno, de um rio Não sei como nem quando Não, não eram vozes Não eram palavras Nem silêncio Mas da rua fui convocado Dos galhos da noite Abruptamente entre outros Entre fogos violentos Voltando sozinho Lá estava eu sem rosto E fui tocado.
O POETA É TRISTE POR NATUREZA, MAS NA POESIA ENCONTRA O CONFORTO COMO O NAVIO QUE CHEGA AO PORTO LEVADO AO SABOR DA CORRENTEZA. E SE DA VIDA SENTE A TRISTEZA DE UM AMOR QUE JÁ ESTÁ MORTO, CULTIVA A FLOR DE UM MAIS BELO HORTO ONDE A POESIA REINA COM BELEZA. ENCONTRA A VIDA NA BELA FORMA DA RIMA FERTIL DO VERSO APAIXONADO E, COM A TRISTEZA DA VIDA SE CONFORMA. NÃO SENTE MAIS O FEL DE SEU PASSADO ATÉ QUE A VIDA DE NOVO O TRANSFORMA NUM HOMEM SÓ AMARGURADO…
Ela gostava tanto das flores que de tanto olhar, cheirar, Escolher, colher e acolher acabou ficando com os seus Odores e cores e assim atraindo amores de beija-flores, Cheinhos de mil biquinhos de beijos e sabores de desejo!