Não acredito que o tempo passou assim, tão rápido... Parece que foi ontem quando eu andava so de calcinha pela casa e pelo mato.... Eu corria pelos campos as vezes verdes e outras secos nao tanto floridos, porque o solo rachado indicava que nao chovia ja fazia um bom tempo...
Quando o inverno chegava tudo era tao verde, e tao cheiroso cheiro do mato, cheiro do gado e da terra... eu adorava correr na chuva e quando ela passava eu ia ver as grotas que a chuva criou...
A agua que parecia leite, branquinha, branquinha eu sentava ali e ficava a viajar por aquela corretenza branca eu tinha a certeza da presença de Deus
Amava correr e correr para alcançar o arco-íris que cada vez ficava mais distante e o pote de ouro também... mas era tão bom amar tudo aquilo que Deus nos trazia...
Eu ficava olhando para o Céu para ver a cegonha chegar com o meu priminho que acabara de chorar e nós crianças todas cheias de inocência e fantasia... ficavamos ali, olhando para o Céu dai quando o avião passou nossa tia disse que o bebe veio de avião... e que logo ja poderiamos ir vê-lo.... Era bom acreditar nisso...
Correr na chuva, andar descalço, comer as frutas que a mãe natureza nos traz nos alimentar do que a terra nos dá sem quimica, sem medo de cancer, sem medo de ser feliz...
Comida simples, mas cheia de amor... porque alí está a força de um simples homem do campo... que trabalhou e suou para a familia alimentar
Quem foi que disse que ser uma criança pobre não seja ela feliz? Hoje apenas lamento por ter crescido...
Perder a inocência é deixar de ser menina pra ser mulher... com medo ou sem ele o mundo ali estava a me esperar...
caminhei por ele, chorei por ele, amei por ele.... e desisti por ele...