Sejas, o perfume aromático, de meu jardim, Banhas-me, na essência preferida de teu ser. Inda que tardia, em teu pomar, cante a cotovia, Falas-me de amor, com toda ternura, sob o luar; Pois a madrugada, já anunciam um novo dia... Permitas logo então, que teu orvalhar, possa fluir, Invadindo de vez, a fonte preferida de meu viver; Banhas-me a seguir, com o doce paladar de ti, Sacias-me as pétalas róseas do meu sentir!! * Eva C. Montezano 19\07\15
MÁSCARA * Perdoas, pela crença que depositei em ti, Instantes escassos, que ao teu lado vivi; Pois era réstias d'amor, que doavas a mim, Enquanto eu, ingenuamente iludida, sorvia.
Provei d'um sabor insípido, gesto impensado,
Falso néctar, que servindo, iludias-me.
* Com falsas juras, feito vulto, perseguias-me; Perdoas, contudo isto, eu não compreendia, Inda tão deprezada, jamais de ti me esqueci. Confesso, que tudo mesmo sendo uma farsa, Gostaria desta lúdica fantasia, ainda vestir..
Somente o mundo por aí, Diante de tua longa ausência, Gira tudo agora, dentro de mim. Sentimentos intensos, e tão mudos, Ecoam incessantes e barulhentos; Silêncio impertinente, reclamando, Um querer dormente, te buscando; Paixão demente, amor tão insano,
Vontade assídua me governando!! * Eva C. Montezano 22\07\15