- SEVERO, UM POETA ITINERANTE - Aquele que foi supra dissecado! ..
CONTRAPONTO
Generalizando, cheguei a pensar que a Beleza Feminina fosse um contraponto, uma compensação para uma menor inteligência. Preconceituoso, não me apercebi da Mente Privilegiada da Aninha, da inteligência arguta da Paulinha, do “Tino para os Negócios” da Lucy... Maduro (Entenda-se, Velho), Percebi o meu erro: Passei a encantar-me com as Trovas Geniais da Lis, com os pensamentos notáveis da Mara, com os textos incríveis da Bel, da Donna, da Marisa, com a seleção impecável dos Poemas postados pela Luzia.
E diga-se a bem da verdade: Todas elas Belíssimas Mulheres!
Morto, Quero ser lembrado pelos Sonetos que compus para a minha Sultana; Pelos versos meu Livro: “Poemas com “M” de Mulher”, e, Especialmente, pela minha Admiração (sem descartar uma certa inveja) da Inteligência e sensibilidade da maioria das Fêmeas da minha Espécie.
Fortaleza, tua idade, é de Cidade-Menina e ainda mais, feminina fêmea, Cidade-Mulher. Não uma cidade qualquer das muitas onde vivi, ou mesmo onde nasci, minha Cidade-Natal, formal e tão comportada.
Fortaleza é gargalhada, molecagem alegria, fantasia, festa e farra. Fortaleza que escarra lá na Praça do Ferreira e elege a segunda-feira outro dia de domingo, na mais louca das folias que extasia Iracema!
E trema todo o trapiche, Fortaleza é meu fetiche: feita de sol e de mar feita de sal e de céu, feita de sexo e sabor.
Mantenho um caso de amor com a bela Fortaleza Um amor mal resolvido e que se alonga demais: vinte e cinco carnavais e outras tantas romarias... E já não sei se um dia, irá me valer a pena este amor de Madalena no anterior papel...
Salve Santa do Bordel que me fez fortalezense, diferente do que eu era, de um jeito tão diferente, mais solto e mais gaiato, sem recato e sem peias. Melhor? Não tenho certeza, Mas Te Amo... FORTALEZA !!
10:15h de um Domingo: O irregular Calçadão da Avenida João Maurício incomoda. Estou descalço! O Hotel da Gameleira ficou para trás e aproximo-me do seu congênere mais “chic”, o Tambaú. Desço a os poucos degraus da mal cuidada escadinha que leva ao Mar. O Sol, a essa hora, já é forte e pisar na areia molhada da Praia é “um refresco” para os meus pés!
10:30h do mesmo Domingo: Maré vazante. Estendo a toalha e sento-me para observar o movimento: Mulheres bonitas; Kite-surfistas; Vendedores de Chapéus e, Graças a Deus, Gabriel, “O Homem das Caipirinhas”. Ele já me conhece ( tornou-se um amigo) e vai logo perguntando: -“Vai uma Jureminha aí, seu Turco?”. Digo que sim, bebo e relaxo...
11:00h: A Moça vem surgindo, contornando a circular construção do “Tambaú”. Ela ainda não me viu. Vem de “Canga”, Sandálias à mão, Chapéu-de-Palha e uma enorme Bolsa à tira-colo. Aproxima-se e, finalmente me vê!
11:05h: Nesse momento, sou literalmente atropelado pelo sorriso de LUZIA!
Ousei passar da linha do horizonte Ousei pisar por novos descaminhos Ousei buscar, eu sei, novos carinhos Ousei galgar e ver atrás do monte. Nunca julguei que sendo eu, sozinho, habitassem em mim tantos desejos Nunca pensei perder todos meus pejos e me atirar, febril, em outro ninho.
Vejo-me agora, assim, tão dividido e apesar de haver sobrevivido, já não sei mais se me valeu a pena.
Olho em redor, só vejo os meus pedaços e o calor e todos os abraços, não me seduzem mais... saio de cena !