Discussão: APOCALIPSE FACIL

APOCALIPSE FACIL


O Significado da Nova Jerusalém
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Por Hans K. LaRondelle
"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apoc. 21:1-8).
Esta visão de João continua a série de visões ("Vi") que começaram com a do segundo advento em Apocalipse 19:11. Alguns inclusive consideram Apocalipse 21:1-8 como "a parte mais importante de seu livro".1 Apocalipse 20 e 21 estão unidos por muitos elos. Ambos falam de "céu e terra" (20:11; 21:1), do "mar" (20:13; 21:1), do "livro da vida" (20:12; 21:17), do "trono" de Deus (20:11; 21:3), da "segunda morte" (20:14; 21:8) e do "lago de fogo" (20:15; 21:8). Estas conexões confirmam que a visão da Nova Jerusalém é a culminação da longa cadeia de visões que aparecem em Apocalipse 19:11 a 21:8. Em outras palavras, a visão de "um novo céu e uma terra nova" (21:1) segue à segunda vinda de Cristo (19:11-16) e ao milênio.
A descida da presença constante de Deus sobre a terra renovada é o propósito do plano de Deus e de seus juízos sobre a humanidade pecadora. Por conseguinte, a visão de Deus morando com os homens em Apocalipse 21:1-8 forma o ponto culminante de todas as visões anteriores de João, e a consumação da esperança dos mártires. Roy Naden diz bem. "Sob a inspiração do Espírito Santo, os dois últimos capítulos de seu livro [o de João] formam o cântico mais sublime".2
Agora João recebe visões repetidas da Nova Jerusalém (Apoc. 21:1-8, 10-27; 22:1-6), que revelam progressivamente o esplendor da cidade de Deus. O fato de que João volta a ouvir a voz de Deus desde seu trono ordenando que escrevesse palavras que são "fiéis e verdadeiras" (21:5) é significativo. Desta maneira Deus autentica a veracidade do que João viu. As palavras de Deus estão formuladas nas promessas do Antigo Testamento que eram familiares ao povo de Israel. João usa estas alusões para enfatizar a continuidade do pacto de Deus. Destaca seu cumprimento repetindo sete vezes que Deus e o Cordeiro estão unidos inseparavelmente com a Nova Jerusalém (21:9, 14, 22, 23, 27; 22:1, 3). Dessa maneira João informa à igreja que suas visões da Nova Jerusalém são em essência diferentes das esperanças nacionais judaicas de seu tempo. Sua esperança futura se centraliza em Cristo Jesus e em seu povo universal.
Ao adotar a linguagem gráfica de Isaías e Ezequiel, João descreve "a realidade indescritível do céu... o quadro mais detalhado que alguma vez se deu na Escritura da realidade incomparável que Deus preparou para seus filhos".3
O Significado Religioso de Jerusalém no Antigo Testamento


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