O Passo do Lui é um disco mais rock, mais ska, mais pessoal, mais Paralamas do Sucesso que seu antecessor.
Herbert Viana com ótimas letras que expressavam os pensamentos pós-adolescentes daquela década, Bi e
Barone desenvolvendo cada vez mais aquela “cozinha” sensacional que todos conhecemos, enfim, falar
desse disco é chover no molhado. Como digo em off, é um disco atemporal, é uma coletânea em forma de
disco, você tornar oito de dez músicas de um álbum em singles é algo que não consigo me lembrar na
história da música. O disco começa com a clássica “Óculos”, seguida da não menos clássica “Meu erro”, dá
continuidade em “Fui Eu”, trafega pela balada “Romance Ideal”, literalmente faz uma homenagem ao ritmo
que leva o nome da música em “Ska”, nos brinda com a ótima sinergia de “Mensagem de Amor”, que solo no
final, que solo, aquele flerte que todo mundo queria ter/fazer/participar em “Me Liga”, uma das minhas
preferidas, visitando novamente o ska em “Assaltaram a Gramática”, mais uma simbiose de ritmos em
“Menino e Menina” e pra fechar esse clássico atemporal dos anos 80 a música que leva o nome do disco “O
Passo do Lui”, mais uma influenciada pelo ska, o Lui do disco e da música é Luis Antônio Alves, conhecido
dançarino de ska.
Resumindo tudo o que foi relatado, O Passo do Lui foi e é um disco imbatível que aliou qualidade,
popularidade, identidade temporal e sucesso em vendas. Realmente é um marco do rock nacional dos anos
80. Dentre os vários ótimos discos da década O Passo do Lui, com toda certeza, é um superlativo de sua
época. Vida longa aos Paralamas do Sucesso.