MARINHEIRO II
Lento e constante como as marés
famintas, ou em ondas violentas e
desenfreadas, sei de minha salinidade
e de meus horizontes onde me atrevo
mar adentro. É que me deságua no
coração um berreiro, uma paixão, ou
um desejo em chamas do amor em
vão. E na beira do cais, regressadas
em espuma e sal, tuas águas volta e
meia, vem e vai.
OsmarVasconcelos