Pecar e não pecar!
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” – 1 João 5:18.
Será que o apóstolo João está confuso quando escreve em 1 João 1:8-10
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”... e depois em 1 João 5:18 afirma: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”.
Primeiro sugiro os interessados leiam toda a Epístola a fim de se inteirarem do “todo” que o apóstolo vem abrangendo... Também ler todo o capítulo 6 de Romanos.
Segundo - Ele escreve que se dissermos que não temos pecado já estamos pecando e depois escreve que os nascidos de Deus não pecam! Como pode?
Bem, vamos a priori procurar entender 1 João 8 “Se dissermos que não temos pecado” ... A primeira constatação é que o “pecado” em questão não se trata do “pecado original” e tampouco o apóstolo está se referindo a “pecados cometidos antes da conversão”. Aqui não quer se nomear este ou aquele pecado, mas, afirmar que se não temos – em algum ponto de nossa vida – pecado, então, nos enganamos a nós mesmos. Ebrard registra “É óbvio que este ´termos pecado´ está infinitamente diversificado de acordo com a medida sucessiva de purificação e desenvolvimento do novo homem (nascido de novo). Nem mesmo o apóstolo João não se exclui do universal “se dissermos”. Completo dizendo: Ou seja, até mesmo o apóstolo reconhece que se ele disser que não peca está enganando a si mesmo, afinal, em algum ponto da vida dele, ele reconhece que já pecou, logo, o ensino é para ele e para todos os demais.


