Discussão: POESIAS DE SANTAROZA

POESIAS DE SANTAROZA

Poliana Ferreira ( Administrador )

Agora!


Quando te vejo enluarada
E por esse vento torneada
Meu corpo treme de desejo
E preciso de ti um beijo.


Deitada á luz do luar
Escutando o murmúrio do mar
Nua sem nenhum pudor
És a própria musa do amor.


É assim com este jeito faceiro
Escondida em um sorriso matreiro
Que me conquistas a toda hora
Verso meu que não demora.


Mulher de quatro estações
Vendaval nos corações
Não precisas ser escrita
És a poesia mais dita.


Não precisas de um dia
Teu nome não é Maria
Precisas de compreensão
E tens de mim meu coração.


Ah! Quando te vejo assim
O mundo para pra mim
Não sei o dia ou a hora
Só sei que tudo é agora!

Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Provera!



Do lado da serra
Onde o vento não sopra
Entre pinheiros e flores
Próximo ao riacho azul
Perfumada de jasmim
Moro eu com minha amada
Em um pequeno ranchinho
Vivemos de sol brisa e amor
O resto é com nosso senhor!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Saudade!


Borboletas no jardim
Sol de pico na varanda
Rede pronta pra dormir
Perfume de doce mel.

Horizonte avermelhado
Colibri beijando flor
Azul pintado de rosa
Flores refesteladas.

Vinho branco sobre a mesa
Morangos com chantili
Assoalho cor de marfim
Bolacha manteiga e café.

Pão de ló e milho verde
Queijo com marmelada
Amoras e gabirobas
Fruta doce açaí.

Canoa na beira d’água
Debaixo do pé de ingá
Vara ao pé do barranco
Peixe frito na telha.

Eita saudade dolorida
Fogueira de são João
Batata doce na brasa
Isso não volta mais não!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Chama!

Há um deserto que me toma
E á beira dele me sento
Eu e minha sombra claudicante
Debulhada nas areias quentes
Varridas pelos ventos da tarde.

Difícil vai ser montar o mosaico
Peças espalhadas pela mesa
Estilhaços de vidro que cortam
Afiados nas lembranças vivas
Que ainda encarnam meu ser.

Absolutamente sem pressa
Certo que estou do tempo meu
Vivo como o pássaro que não tece
Abrigado na esperança de minha fé
Ungido que sou das mãos de Deus.

Busco por mim mesmo no amanhã
Posto que hoje a tempestade dificulta
E meu barco busca ancoradouro
Antes que apague a chama que resta
Dos dias vividos á sombra do amor!

Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Amor Eterno.

A tarde estava serena e calma,
a brisa era úmida com cheiro
de vários aromas.
A grama verde,de capim fino
macio e suave,
feito um colchão ornado por
folhas amareladas.
A musica que se ouvia era
um misto de silencio profundo
entrecortado pelo
cantar de pássaros.
A água que brotava de pedras
enegrecidas era translúcida e
doce feito mel de jataí.
No céu de um azul cintilante
passeavam nuvens brancas,
hora a galopar,
hora a nos mirar.
Era o paraíso e nada mais
foi preciso para que
depois do riso o beijo
virasse paixão.
Das águas para o chão
levado por tuas mãos me
pareceu um passo, então.
A noite nos envolveu,
as estrelas nos surpreenderam
em pleno amor naquele chão.
Contamos cada uma delas,
pra cada uma um beijo,
pra cada uma um desejo
que ficou grudado nelas.
Embora sinta saudade,
sinto na verdade,
que nosso amor foi
gravado no livro da
eternidade.


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Vida longa!

Quero ter a vida longa
A saúde saudável
O olhar atento
E a mente aberta.

Ser o oráculo de alguém
O amor de alguém
O pensamento de alguém
O desejo de alguém.

Não quero ser o rótulo
Ou a unanimidade
Nem o fragmento
Mas o consenso.

Quero ser de mim mesmo
Ajudado por Deus
Compreendido por alguns
E respeitado na maioria.

Quero apenas vida longa
Contemplar os dias
Beber das fontes
Dar para receber

E depois de tudo
Numa tarde morna
Se assim for pedido
Meu ser descanse!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Sempre!

Ontem falei com meu Deus,
Depois de tempos fui á casa dele,
Ele não me pareceu surpreso,
E pelo jeito já me esperava,
Tinha a mesa posta, pão e vinho.

De inicio fiz silencio, reverencia,
Depois nos olhamos, ele sorria,
Ele sabia de meus pecados,
De meu afastamento, e não dizia,
Em torno da mesa cantamos.

Depois em silencio ceamos,
Pão, vinho e água bebemos,
E como o lume da vela veio a paz,
Houveram cantos, houveram salmos,
E a paz se aconchegou em mim.

Ele apenas sorria não precisava falar,
Não me apontava, não criticava, olhava,
Perguntei-lhe então o porquê,
Então ele me falou ao coração da alma,
Você voltou nada mais importa já!

Santaroza


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