O DECRETO DE JERUSALÉM! O sucesso inicial da missão em favor dos gentios levantou a questão crucial para a igreja primitiva em relação ao fato de os gentios se tornarem crentes em Jesus, uma crença que os enxertava na religião bíblica. Sempre aparecem tensões quando pessoas de outras religiões e culturas se unem a uma comunidade estabelecida de crentes. Nesse caso, cristãos judeus, com sua elevada consideração pelas exigências das leis e rituais do Antigo Testamento, presumiram que os conversos gentios aceitariam e seguiriam essas leis e rituais.
O DECRETO DE JERUSALÉM! O foco principal era a circuncisão, o sinal fundamental de entrada na comunidade judaica para as pessoas do sexo masculino, que simbolizava a conformidade com todas as exigências do judaísmo. Devia-se exigir que os gentios que se convertiam ao cristianismo se submetessem à circuncisão? Alguns cristãos da Judeia certamente achavam que sim, e declararam sua convicção em rigorosa linguagem teológica: para eles, isso era essencial para a salvação.
O DECRETO DE JERUSALÉM! Então, alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo, Barnabé e alguns dentre eles subissem a Jerusalém aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos. Quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles. Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. Atos 15:1-6.
O DECRETO DE JERUSALÉM! E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse- lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios. Atos 15:7-12.
O DECRETO DE JERUSALÉM! E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me. Simão relatou como, primeiramente, Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito: Depois disto, voltarei e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; levantá-lo-ei das suas ruínas e tornarei a edificá-lo. Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e também todos os gentios sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas que são conhecidas desde toda a eternidade. Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Atos 15:13-20.
O DECRETO DE JERUSALÉM! Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas. Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma não lhes tendo nós dado mandamento, pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo. Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Atos 15:21-29.
O DECRETO DE JERUSALÉM! Tendo-se eles, então, despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta. E, quando a leram, alegraram-se pela exortação. Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos, mas pareceu bem a Silas ficar ali. 35E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor. Atos 15:30-35.
O DECRETO DE JERUSALÉM! O que aconteceu no Concílio de Jerusalém que ajudou a resolver essa importante questão? Foi tomada a decisão de que a observância da circuncisão e outras práticas específicas da nação judaica não deviam ser impostas aos gentios, enquanto foi mantida a observância dos princípios bíblicos universais.
O DECRETO DE JERUSALÉM! Embora a questão da circuncisão fosse a principal razão para o Concílio de Jerusalém, ele tratou de várias práticas culturais que o evangelho não requeria de seus conversos. O decreto do concílio proporcionou uma plataforma comum, onde cristãos judeus e gentios podiam coexistir em companheirismo. Os valores centrais do judaísmo foram respeitados, mas foi permitido aos gentios que evitassem a circuncisão. A decisão do concílio foi não só prática, mas teológica. Estabelecia um padrão para que a igreja lidasse com as questões e os problemas, antes que causassem divisão. Missionários experientes aprendem a identificar as questões centrais da fé cristã e a manter o foco nelas, em vez de ficar presos a coisas que não são essenciais à fé.
O DECRETO DE JERUSALÉM! Que lição podemos extrair do Concílio de Jerusalém que poderia ajuda a igreja hoje a lidar com assuntos controvertidos? O que eles fizeram que serve de modelo para nós?
O DECRETO DE JERUSALÉM! “Pedro falou de seu assombro quando, ao transmitir as palavras da verdade àquela assembleia na casa de Cornélio, testemunhou que o Espírito Santo Se havia apossado de seus ouvintes, tanto gentios como judeus. A mesma luz e glória que se refletira sobre os judeus circuncidados, brilhou igualmente na face dos incircuncisos gentios. Isso era uma advertência de Deus a Pedro para que não considerasse pessoa alguma inferior a outra, porque o sangue de Cristo pode limpar de toda a imundícia. “O discurso de Pedro levou a assembleia ao ponto de poderem ouvir com paciência a Paulo e a Barnabé, que relataram suas experiências na obra pelos gentios.”
O DECRETO DE JERUSALÉM! A visão de Pedro tem sido explicada de maneira a apoiar o argumento de que as leis dietéticas do Antigo Testamento não mais são válidas como justificativa para se comer carnes imundas. O significado da visão foi claramente explicado pelo próprio Pedro: “Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo.” Portanto, a visão não foi sobre alimentação, mas sobre aceitação de outros seres humanos como filhos de Deus, não importando a etnia, nacionalidade, ocupação ou religião. Porém, por que as pessoas usam a visão como argumento na questão da dieta? Que cuidado devemos ter ao lidar com as Escrituras?
O DECRETO DE JERUSALÉM! Leia Romanos 2:14-16. De que maneira devemos considerar essa ideia em termos de missões? Se aqueles que não têm a lei escrita a têm gravada no coração, por que precisamos pregar a eles?
O DECRETO DE JERUSALÉM! O Concílio de Jerusalém foi um modelo para a igreja hoje. Quais são algumas das coisas específicas desse concílio que constituem um modelo? Por exemplo, procure coisas como: (1) testemunhos pessoais sobre a obra missionária; (2) o papel do evangelho; (3) o papel das Escrituras; (4) o papel das missões; e (5) a maneira pela qual as pessoas se relacionaram no concílio.