Ah!Se tivesse um verso agora para profanar o solo sagrado de seu amor! Se fora possível revestir-me de sonhos e me inserir em seus pensamentos! Se por esse vento que passa, galopar seu lombo, e chegar às praias de seus desejos mais indizíveis! Se por uma fração de segundo o tempo parasse e no vislumbrar de seus olhos me visse lá dentro! Se fosse possível ao sugar o ar, me levasse com ele para dentro de si, para me perder em seu coração! Se por um erro do destino seu coração fosse flechado por um cupido vesgo e seu amor fosse por mim! Toda poesia que trago na alma não seria suficiente para apregoar meu amor por você! Um só poema seria como a pétala de uma rosa, muito pouco diante do que para mim representa! Porem como sei que o verso não é a chave e a poesia não é a rota, me contento com o sorriso seu, quando lê os meus poemas...
A emoção é rosa. Da cor de rosa, É flor é cheirosa, É perfumada, carinhosa, E mora no coração. Reflete a paixão, Repica a solidão, Provoca agitação, Leva à mansidão, Deixa a alma em efusão.
Quando de manhã te vejo, Desperta meu desejo, Para o tempo com um só beijo, E em seu olho num lampejo, Lá no fundo eu me vejo, Isso é emoção, Que se transforma em furacão, Devassa meu coração, A nos amar com possessão.
Emoção é rosa sem espinho, É flor que brota no carinho, Nos dá a vida aos pouquinho, De vagar, de vagarinho, Como se fora mos passarinho, Sendo tratado inda no ninho. A emoção é rosa!
Algo assim Como o vento Como um sentimento Cintilante e profundo Que quer rodear o mundo Num abraço Escora de teu cansaço Vale de teu descanso Águas em remanso! É assim que sinto amor Águia ou condor Voando no imaginário Refazendo o itinerário Das rotas de uma paixão! Brasa em meu coração Avivada por essa brisa que passa E que em minha alma esvoaça As lembranças em profusão Sonhadas já em solidão! Vasto é esse amor Porem é como a flor Apesar de todo perfume É possível ouvir-se o queixume De quem se fere no espinho Deixando a rosa vai sozinho! Porem inda emana de mim Um pulsar sem fim...
Não há mais estrofes para que eu te componha, São tanto os meus desejos que tu nem sonhas, A poesia fica pequena pra descrever tanto amor, Por mais que se esforcem as letras, nuca serão flor!
Teu olhar me penetra feito flecha de cupido, Neste instante sou cristal, refratado e partido, Perco o rumo, o caminho, o prumo e a direção, Alcanças a minha alma e me deixas sem noção!
Assim sou prisioneiro atrelado a teus desejos, Se me queres sou feliz e me perco em teus beijos, Porem se não me queres sou poema que divaga, Sou verso que se perde e rima que naufraga!