Discussão: Poesias de Letícia Thompson

Poesias de Letícia Thompson

Poliana Ferreira ( Administrador )

Liberdade
© Letícia Thompson


Ir onde meu coração me mandar!...
Fazer o que eu quero,
Sonhar tudo o que devo sonhar...
Caminhar sem me cansar,
Viver todas as minhas histórias,
Amar e ser amada sem condições,
Sem grandes ou pequenas razões.

Ser tudo,
Ver o mundo,
Saber das coisas
E acreditar em milagres.
Liberdade...
Voar...
Alcançar todas as metas,
Seguir sempre em linha reta,
Nunca desistir
Nem olhar para trás.
Ir, sem medo,
Onde meu coração me levar!...


Poliana Ferreira ( Administrador )

Nós dois
Letícia Thompson


O sol e o vento
O mar e o amor
O sol e você
Manhã de manhã
O sol e nós dois.
O mar a banhar dois corpos
Água salgada
O amor e nós dois.
Você e eu.
Nós dois.


Poliana Ferreira ( Administrador )

nquietação
© Letícia Thompson


Tenho a alma inquieta
Tão inquieta que dói.
Tanto que sofro
Tanto que nem sei o quê.

Tenho a alma cheia de poesia,
Tanto que me faltam palavras
Pra explicar o que sinto.
Tanto que não consigo
Sentir nada além disso.

Um vazio,
Um grande vazio
Cheio de dor,
De inquietação,
De poesia.

Tenho muita dor de amor
Dentro de mim...
Amor não consumado,
Não vivido,
Apenas sonhado.

Amor que se foi
Quando mal
Tinha acabado de chegar,
Que não achou tempo
Para se realizar.

Dor de amor e de poesia são iguais:
Ambas deixam a alma inquieta,
O coração dolorido
E a gente assim
Sem saber onde ir...


Poliana Ferreira ( Administrador )

Contos de Fada
© Letícia Thompson


Sou bem uma princesa encantada
Que o príncipe veio beijar
E nos meus contos de fada
O que era vazio,
O que era nada
Em sonhos se transformou
E minhas lágrimas
Tornaram-se risos,
Conheci paraísos
Nas promessas de quem me amou.
E agora
Vivo nesse mundo encantado
Com um príncipe,
Por mim tanto amado,
Onde o amor supera a dor,
Onde tudo se transforma em flor,
Tenho um coração apaixonado,
Que só vive de alegria,
Que vive em nostalgia,
Acreditando que ainda é possível,
Mil e uma noites de amor.


Poliana Ferreira ( Administrador )

Ironia
© Letícia Thompson


Que ironia do destino
Em te trazer tão tarde
Quando a primavera da vida
Já não arde!...
Que ironia louca,
Que desatino!
Um amor maduro
Em coração de menino!...
Mas o tempo não perdoa
E enquanto corre solto,
Feito água entre os dedos,
Espero, sentida,
Que se feche a ferida.
Já não há mais tempo
Para o amor,
Nem hora, nem fim de tarde.
O amanhecer já não nos pertence...
Tudo na vida é rotina
E fecho-me como uma concha,
Tranco minh'alma de menina,
Para suportar a dor
Que meu peito abriga.
Que ironia
Em te trazer assim, tão tarde!
E em meu peito esse amor ainda arde!
Para receber o outono
Da nossa existência
E ficar assim,
Como folhas secas que o vento leva...


Poliana Ferreira ( Administrador )

Devolução
© Letícia Thompson



Devolvo sua alma
Que peguei sem querer.
Devolvo sua calma
E seus espaços
Que preenchi sem pedir licença.

Devolvo os sonhos
Que jamais foram realizados.
Devolvo a ilusão
De sermos um dia dois.

Devolvo-te as palavras
Que me trouxeram sonhos.
Devolvo-te a força
De prosseguir.

Ah! Não... não assim!!!
Me devolvo pra você
Inteirinha
Porque não faz sentido
Eu sem você
E você sem mim.


Poliana Ferreira ( Administrador )

Dá medo o amor
@Letícia Thompson



O amor dá medo quando ele chega

Dá medo o amor quando ele chega
E que deixa o coração desnorteado
Dá medo o amor quando ele beija
E que deixa son gosto infinitamente.
Dá medo que um dia ele parta
E que não deixe que insônias
E noites claras.

Dá medo o amor quando a gente acredita,
Quando o vemos, quando o tocamos
Dá medo olhar em seus olhos
E desejar sua boca
De cair nessa armadilha
E ficar preso.

Dá medo que um dia ele se canse
E que vá embora batendo a porta
Dá medo de olhar o que nos resta
E ver partir o que ele leva.

Dá medo amar de todo seu corpo
E se entregar.
Mas normalmente quando sentimos esse medo
É que já é tarde demais...


Poliana Ferreira ( Administrador )

.Caminhos
© Letícia Thompson


Se nosso destino se escreve
Nas palmas das nossas mãos
É o seu que encontro
Quando olho pras minhas.
São tantos traços, caminhos
Em todas as direções
E não pode ser coincidência
Os tantos cantos, recantos,
Do meu destino e do seu.
Se sua mão sobre a minha
Aponta a mesma linha,
Somos duas paralelas
De um destino perfeito,
Como uma flor sem defeito,
Que a vida nos reservou.


Poliana Ferreira ( Administrador )

Cálice
© Letícia Thompson


Pai,
Se eu devo beber esse cálice
Que meu ser se cale!
Se devo sentir a beleza
E perfume das rosas,
Que eu aprenda
A suportar seus espinhos
Com resignação.
Sei que há uma Mão
Que segura minha mão
E que jamais
Me deixará cair.
Seja eu um anjo,
Ou um simples mortal,
Haverá sempre braços
Esperando no final
Pra me consolar.
Há um caminho,
Sem atalhos,
O qual devo atravessar...
Se uma corôa de espinhos
Coroou o meu Rei,
Que todo o meu eu se cale
Se devo beber desse cálice!
Eu bem sei que sozinha
Eu jamais estarei!


Poliana Ferreira ( Administrador )

Como dois
© Letícia Thompson


Te espero
Mesmo quando sei
Que você não vem
E meu coração se perde
Te procurando na multidão,
Mudo, inquieto,
Cheio de você,
De ternura repleto
Quando as lembranças chegam
E se instalam.
De que vale meio coração?!
Meia vida, meio tudo?
Sem você sou meio,
Meio eu, meio você...
Só a saudade é inteira,
Só o amor é dobrado
No meu peito colado
Doendo de dor fina e sorrateira
Na falta que sua presença traz.
E depois?!
Depois...
Depois nada,
Eu triste e calada...
Depois...
Só o amor, meu amor,
Em meu peito vale por dois...


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