Ir onde meu coração me mandar!... Fazer o que eu quero, Sonhar tudo o que devo sonhar... Caminhar sem me cansar, Viver todas as minhas histórias, Amar e ser amada sem condições, Sem grandes ou pequenas razões.
Ser tudo, Ver o mundo, Saber das coisas E acreditar em milagres. Liberdade... Voar... Alcançar todas as metas, Seguir sempre em linha reta, Nunca desistir Nem olhar para trás. Ir, sem medo, Onde meu coração me levar!...
O sol e o vento O mar e o amor O sol e você Manhã de manhã O sol e nós dois. O mar a banhar dois corpos Água salgada O amor e nós dois. Você e eu. Nós dois.
Sou bem uma princesa encantada Que o príncipe veio beijar E nos meus contos de fada O que era vazio, O que era nada Em sonhos se transformou E minhas lágrimas Tornaram-se risos, Conheci paraísos Nas promessas de quem me amou. E agora Vivo nesse mundo encantado Com um príncipe, Por mim tanto amado, Onde o amor supera a dor, Onde tudo se transforma em flor, Tenho um coração apaixonado, Que só vive de alegria, Que vive em nostalgia, Acreditando que ainda é possível, Mil e uma noites de amor.
Que ironia do destino Em te trazer tão tarde Quando a primavera da vida Já não arde!... Que ironia louca, Que desatino! Um amor maduro Em coração de menino!... Mas o tempo não perdoa E enquanto corre solto, Feito água entre os dedos, Espero, sentida, Que se feche a ferida. Já não há mais tempo Para o amor, Nem hora, nem fim de tarde. O amanhecer já não nos pertence... Tudo na vida é rotina E fecho-me como uma concha, Tranco minh'alma de menina, Para suportar a dor Que meu peito abriga. Que ironia Em te trazer assim, tão tarde! E em meu peito esse amor ainda arde! Para receber o outono Da nossa existência E ficar assim, Como folhas secas que o vento leva...
Dá medo o amor quando ele chega E que deixa o coração desnorteado Dá medo o amor quando ele beija E que deixa son gosto infinitamente. Dá medo que um dia ele parta E que não deixe que insônias E noites claras.
Dá medo o amor quando a gente acredita, Quando o vemos, quando o tocamos Dá medo olhar em seus olhos E desejar sua boca De cair nessa armadilha E ficar preso.
Dá medo que um dia ele se canse E que vá embora batendo a porta Dá medo de olhar o que nos resta E ver partir o que ele leva.
Dá medo amar de todo seu corpo E se entregar. Mas normalmente quando sentimos esse medo É que já é tarde demais...
Se nosso destino se escreve Nas palmas das nossas mãos É o seu que encontro Quando olho pras minhas. São tantos traços, caminhos Em todas as direções E não pode ser coincidência Os tantos cantos, recantos, Do meu destino e do seu. Se sua mão sobre a minha Aponta a mesma linha, Somos duas paralelas De um destino perfeito, Como uma flor sem defeito, Que a vida nos reservou.
Pai, Se eu devo beber esse cálice Que meu ser se cale! Se devo sentir a beleza E perfume das rosas, Que eu aprenda A suportar seus espinhos Com resignação. Sei que há uma Mão Que segura minha mão E que jamais Me deixará cair. Seja eu um anjo, Ou um simples mortal, Haverá sempre braços Esperando no final Pra me consolar. Há um caminho, Sem atalhos, O qual devo atravessar... Se uma corôa de espinhos Coroou o meu Rei, Que todo o meu eu se cale Se devo beber desse cálice! Eu bem sei que sozinha Eu jamais estarei!
Te espero Mesmo quando sei Que você não vem E meu coração se perde Te procurando na multidão, Mudo, inquieto, Cheio de você, De ternura repleto Quando as lembranças chegam E se instalam. De que vale meio coração?! Meia vida, meio tudo? Sem você sou meio, Meio eu, meio você... Só a saudade é inteira, Só o amor é dobrado No meu peito colado Doendo de dor fina e sorrateira Na falta que sua presença traz. E depois?! Depois... Depois nada, Eu triste e calada... Depois... Só o amor, meu amor, Em meu peito vale por dois...