Discussão: POESIAS DE SANTAROZA

POESIAS DE SANTAROZA

Poliana Ferreira ( Administrador )

Eu te ordeno!



Vence! Eu te ordeno,
Pois teu braço é forte,
Tua fé é muita,
Teu sorriso é largo.

Vence! Eu te ordeno,
Pois teu olhar é vasto,
Tua prece ouvida,
Teu gesto é concreto.

Vence! Eu te ordeno,
Pois tua hora é agora,
Teu dia é hoje,
Tua safra também.

Vence! Eu te ordeno,
Pois tu és o ungido,
Tua vida é longa,
Teu terreno fértil.

Vence! Eu te ordeno,
Pois tu és o filho,
Eu sou teu pai,
Nós somos a família!



Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

A praça!


Não tem mais graça
Aquela praça...
Você não passa.

Não tem mais jeito
Nesse meu peito
Há um defeito.

A lhe esperar
Vivo a sonhar
Olhando o mar.

E como escuna
De vela una
Vou pela bruma.

Sempre chorando
Sigo remando
Lhe esperando.

Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Na primavera!


Já próximo ao nascer da lua,
Quando tudo se aquieta,
Sonhava eu, contigo, nua,
Entre valsas e serestas.

Sonho! Mas tão verdadeiro,
Que senti arder meu peito,
E também senti teu cheiro,
Tudo perfeito de nosso jeito.

Fico pensando quando será,
A materialização do desejo,
Quando se nos permitira,
A troca de mais outro beijo.

Mas mesmo que dure muito,
Pra que isso nos aconteça,
O que importa é somos juntos,
E que a primavera floresça!



Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Sem mais!


Nas areias brancas da tarde,
Coloridas inda de sol,
Rabiscadas por seus passos,
Respingadas pela maré,
Sinto ainda o perfume,
Que o ar roubou de você.

Trago na cara o sorriso,
O gosto do beijo na boca,
O olhar perdido no mar,
O peito ainda arfante,
A pele arrepiada,
E a vontade de outra vez.


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Divagando!


A tarde se veste de tristeza
Lá se vai a poesia,
Próximo ao fim do dia,
A alma é sem beleza!
O vento que sopra a rua,
Varre a folha para além,
Onde não tem ninguém,
E a arvore já é nua!
Outono que principia,
O sabiá se recolhe,
Antes que se molhe,
Nessa chuva fria!
A lua nasce mais cedo
Enfeitiçando o riacho
Nele se banha um guaxo
Pois desse frio não tem medo!
O trilho esta lamacento
Tenho fome, tenho sede
Saudades de minha rede
Chora o cipreste em lamento!
Deito-me no colo da noite
No aconchego de meu lar
Parece barulho de mar
O vento que passa em açoite!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Poema!


Meu poema não tem endereço certo,
Falo o que penso, escrevo o que acho,
As letras me fascinam e me ensinam,
Me chegam das mais variadas essências,
Nunca se obrigaram a serem escritas,
Sempre esperaram o dedilhar de meus dedos,
E a cada uma que junto um poema se cria.

Não escrevo diretamente para ninguém,
Mas de forma geral para todos que gostem,
Nunca sigo formulas ou regras ou temas,
Para mim poemas não são dilemas, teoremas,
É verdade que seja vício, necessidade suprema,
Algo como respirar, tomar sol, sentir o vento,
Porem nada de que me sinta prisioneiro!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Ali!


Onde os contornos da noite
Rebordam-se com as saudades
Ali chora minh’alma !
Posto que como rio
Contra corrente
Verto lágrimas em torrente!
Sem magoas e em solidão
Feito o vento passante
A varrer o chão!
Cavalgo o tempo
Em vagas recordações
Manso pasmo e lento!
Relembrando teu sorrir teu pulsar...
Noites de lua e estrelas...
Boca a me beijar!
Ali na tênue divisão
Entre a luz e a escuridão
Retumba meu coração!
Posto que ali, no relvado
Muitas das alvoradas
Nos pegou enamorado!
Assim quando meus olhos vão prali
Algo se aperta por aqui
Não por tristeza ou dor
Apenas por amor!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

Azar!



Tentando juntar meus retalhos,
Procuro pelos atalhos,
Sabendo que não tem volta.

As portas foram fechadas,
Todas elas amarradas,
Com nós que não se solta.

Perdi a ultima carruagem,
Meu sonho foi de passagem,
E eu sou mais um no deserto.

Acreditei no baralho,
Hoje eu sou só retalho,
E sem ninguém por perto.

Fruto de amores confusos,
Vôos em parafusos,
E tristeza sem par.

Risquei meu próprio destino,
Caminhei a sol a pino,
Perdi no jogo de azar.



Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

A noite!

A cada vez que o sol nascer
estarei pensando em você
a cada vez que o sol se for
estarei pensando em você
a cada vez que respirar
estarei pensando em você
a cada hora que passar
estarei pensando em você
e quando a lua vier
vestida de traje de noite
eu certo estarei que
muito pouco falta
para estar com você!


Santaroza


Poliana Ferreira ( Administrador )

AINDA SINTO...

Ainda sinto o gosto de sal...
Do primeiro beijo que trocamos
num portal...
Sim! Era um portal,
a transcendência
entre o sonho e o real!
A realidade selada por dois
lábios sedentos...
Corações atrelados em alentos...
Olhares que falavam poesias...
Mãos que se tocavam frias...
Ainda sinto aquele gosto de sal!
Porque foi de todos o mais real...
Este se cravou no coração!
Os demais foram de paixão...
E como tal se perderam na
esteira dos dias!
E se apagaram na
fogueira já fria!
Que ironia!



Santaroza


Deixe sua opinião ou comentário

Para responder um tópico é necessário participar da comunidade.