Este sou eu... Um ponto de interrogação... Um misto de semente e paixão... Vivente pelo amor e devoção... Este sou eu! Algo que não basta só querer... Tem que se ter há que se ver... Há que se apalpar pra se compreender... Um nó que ata e faz prender... Este sou eu! Lúcido e transparente, cristalino até... Menino homem crente de fé... Amante, amado, apaixonado... Carente, sofrido, safado... Este sou eu! Há que se ver e se provar para aprovar... Há que se querer profundamente para se amar... Posto que na superfície não vais me encontrar... Visto que sou parte profunda deste mar... Este sou eu!
Ontem fui seu amor Hoje não sei quem sou. Ontem tinha ancoras Enroscava-me em você. Hoje só tenho a mim Sem amarras a voar. Ontem tive colo Dormi em seus abraços. Hoje não tenho solo Somente céu e mar.
Ontem fomos um só Formamos um par. Hoje a estrada é longa E sem endereço pra ficar. Ontem não havia hora Hoje o tempo é eterno. Ontem já são saudades Hoje só é só pensar. Ontem nos encontramos Hoje quem sabe, talvez!
Não seria capaz de descreve-la em verso... Não saberia onde encontrar as rimas... Não saberia quais os adjetivos usar... Não seriam suficientes as páginas que disponho.
Acho que a perfeição não se descreve... A perfeição, a gente apenas senta e olha... No máximo, se aproximar e tocar... Para que no toque se sinta o gosto.
Você é obra única, seria plagio reconta-la... Seria pura loucura tentar repinta-la... Das tabuas do tempo apagaram teu rascunho... Só quem a compôs primeiro pode lhe escrever de novo.
Quisera eu ter sido o autor de tão linda obra... Mas sei, não teria a habilidade necessária... Por isso me contento em conhece-la... Posto que assim vejo parte da composição do infinito!
Galopo por entre estrelas, E como é bom revelas, Senti saudade de cada uma, Mas vos sabeis sois una. A mulher que escolhi e desejo, A única a quem dei meu beijo, Mesmo que minta isso é verdade, E será assim pra eternidade. Sou um vasto vago de nada, Icongruente de alma alada, Mas de amor incondicional, Raso profundo e irracional. Incontido e sem direção, Ao leme de meu coração, Ingênuo e desconcertante, Um amor assim amante. Desse caos brotado em flor, Amornado em seu ardor, E em sua seiva regada, Vive por ser amado!