Se brincam os pássaros contigo E ficam cantando ao teu redor Deve ser o teu cheiro de paz ...Teu olhos de céu ...Teus cabelos leves de brisa Porque tu és, assim, algo de sublime Que leva tudo, [Que me toma tudo!] E todas as demais coisas Vem apenas depois de ti Tu és quase como um milagre, Mas um milagre não costuma ser tão perfeito...
Mal posso esperar Para mergulhar Dentro de teus olhos azuis Que horas são do céu? Que horas são do mar? Se meu corpo no teu encostar Quanta chama para arder? Quanto fogo para queimar? Os meus lábios vão te querer Teus traços vão desvendar Podem em ti se perder? Quando eu te abraçar O mundo vai querer parar Só para nos ver! Já parou para pensar Que iremos nos amar Até amanhecer?
Escorre entre as pétalas das flores O sereno suave e doce dessa noite Procurando no silêncio que se estende Um pequeno pedaço de terra úmida Onde possa por fim se entregar E ser parte vital do que germina a flor Mudam as direções do vento do sul E sou norte no centro das estações Nunca num lugar, num bom sentido, Sempre dona desse amor mal resolvido Teu nome sempre sussurra ao meu ouvido O dia em que te perdi... Então pouco me vale o sereno ou a terra, E essas pétalas de flores... Há tantos amores na vida se cumprindo E o nosso, em tuas mãos padecendo.
Prefiro acreditar que ainda te tenho Do que morrer nessa noite que chove Quero lembrar teu riso e teus olhos Porque se os lembro, sei que os tive Gosto de sentir teu cheiro pela casa Pois te perfumavas para me render Que seja ilusão ainda teu corpo Do que a certeza de não mais te ter Te esperarei em cada novo sonho Implorando para o dia não amanhecer Se for a única forma, então aceito, Fecho os olhos e ainda posso te ver.
Não vou te perder, Ao menos não agora... Ouço a solidão me chamar ... não irei! Passarei a madrugada sem ceder Meu amor, Você está agarrado a minha pele (meu coração só sabe teu nome) Não te vejo por tanto tempo Mais te possuo mais que ninguém
Teu corpo se movimenta (ele dança em outro corpo) Você fecha seus olhos ... estou em sua imaginação...
(Eu sei, meu amor, Não vou te perder)
Não posso morrer Sem antes provar Novamente o paraíso
(Ela sussurra teu nome, E você lembra Que nossos corpos Falavam em silêncio)
Se um homem soubesse o poder que seu abraço tem ao acolher uma mulher, a segurança que ela sente, todas as melhores coisas que passam em sua mente, o quanto ela se entrega.
Se ele desconfiasse que naquele momento ele a tem inteira, completa, repleta de uma felicidade extrema. Será que ele se manteria ali por mais alguns segundos?
Será que a pressa de um abraço seco se tornaria próximo do que uma mulher sente? Será que ele entenderia que essa coisa tão simples, tão gratuita, dentre muitas coisas no mundo é o que gente mais precisa, é o que nos abriga, é o que dá paz ao nosso sono?