
Ato no Pará recorda massacre de Eldorado dos Carajás; líder do PT, Sibá Machado participa do evento!
Há 19 anos, no dia 17 de abril de 1996, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na cidade de Eldorado dos Carajás, sul do Estado do Pará, a PM do estado, que na época era comandada pelo Governador Almir Gabriel (também do PSDB) promoveu um massacre contra camponeses do MST, matando pelo menos 19 pessoas.
Sob o comando do coronel Mario Colares Pantoja e do major José Maria Pereira de Oliveira, 155 policiais abriram fogo contra os sem terra. Entre os 19 mortos, alguns apresentavam marcas de pólvora em volta dos furos das balas, indicando tiros à queima roupa. Outros foram mutilados com facões e foices.
Além dos 19 mortos daquele dia, outras três pessoas morreriam em consequência dos ferimentos sofridos durante o massacre. Ao todo, 69 pessoas ficaram feridas. Muitos convivem com balas alojadas no corpo até hoje, além do trauma e de pesadelos todas as noites.
O Líder Sibá Machado e os deputados Valmir Assunção (BA) e Zé Geraldo (PA), participam nesta sexta-feira (17) do ato político e cultural que marca os 19 anos do Massacre, na Curva do S, na BR-155.
Milhares de camponeses devem participar do evento, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, e a presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Fálcon, também vão participar do evento.
Devido ao acontecimento, a data é conhecida como o Dia Internacional da Luta pela Terra. Por isso, abril é o mês escolhido pelo MST para a realização de uma série de protestos pela reforma agrária em todo o País. Desde a última sexta-feira (10), 350 jovens acampados estão reunidos na Curva do S e participam de debates sobre política, gênero e artes com abordagem relacionada às vivências na região amazônica. Todos os dias, às 17h, eles promovem o tradicional fechamento da BR- 155 para recordar a tragédia.
Constam da programação desta sexta-feira (17), às 8h30, um culto ecumênico em memória das vítimas do massacre, e, às 10h30, um ato político e cultural para discutir a reforma agrária no Brasil. Às 14h30 haverá reunião com os movimentos sociais –MST, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Pará (Fetraf/PA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).
(Liderança do PT)
Hildebrando, o futuro papa Gregório VII, nasceu numa família pobre na Itália, em 1020. Fez-se beneditino no mosteiro de Cluny. Nos estudos destacou-se pela inteligência e a firmeza na fé. Tornou-se o diácono auxiliar direto dos Papas Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio cardinalício. Assim, quando faleceu o Papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado Papa pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta incansável para implantar a "reforma gregoriana". Há tempos que a decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no clero. As investiduras, que consistiam no ato jurídico pelo qual o rei ou nobre confiava a uma autoridade eclesiástica um cargo da Igreja com jurisdição sobre um território, obrigava os eclesiásticos a prestar juramento de fidelidade ao rei ou aos nobres. Foi com Henrique VI, imperador germânico, que Gregório travou a maior luta. Diante da rudeza de Henrique VI, o Papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão sobre Henrique IV, que o tirano teve que se humilhar e pedir perdão, em 1077, para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou conhecido como "o episódio de Canossa". Pouco tempo depois o imperador saboreou sua vingança, depondo o Papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III. Mesmo assim Papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos.