Discussão: ☆Escrevendo Meus Poemas☆

☆Escrevendo Meus Poemas☆

Que a minha alma se disponha

a recolher de ti, a mão desastrada.

Mas faminta e tocante.

                               OsmarVasconcelos



POÉTICO E IRREVERENTE


Eu fui tantas e tantas vezes a ferro e fogo

a solidão na calada da noite, o carregador

amargo da impura escuridão, aquele que

incitava a devastação, o sonhador de mala

feita, sonhando à espreita sem fronteira e

sem chão...


Eu fui tantas e tantas vezes aferro e fogo

o perdedor, justificando o ar, sujando a

alma de amargura com a mão, soprando

no desalento, me desnudando ao vento

sem me importar com a fatal pulsação.


E, já que sou eu que canto e dou rumo ao

meu destino e sou dono da minha emoção,

e, se, de alguma maneira, em desatino eu

arranhei teu coração, não me queira mal,

vim te pedir perdão e dizer que te amo.

Eu só tenho um único desejo, o desejo

de ser teu com paixão.

                                            OsmarVasconcelos



Em dulcificada leveza, o derrame

úmido do carinho intenso, do

amor definitivo, no ímpeto desejo

de tomar a vida em ardores infindos

que do sempre e no agora há...

                                  OsmarVasconcelos



Me agrada o ousares, simplesmente.

Trans-substantiva, e de rubra suavidade

girando à roda do indefinido.

                                      OsmarVasconcelos



Quem não entende o

que diz um olhar, jamais

entenderá o que fala um

coração

                              OsmarVasconcelos



Teu olhar de instante tão

distante nada diz. Era no entanto,

prazeroso, além de espantoso, tê-lo

por perto.

                 OsmarVasconcelos



Vem... E com qualquer arma, mata

minha saudade. de preferência, que

use-a à queima-roupa.

                                OsmarVasconcelos



Viveu sempre acerca de si mesmo,

tinha um olhar de alteridade, aquele,

cujos os olhos vêem as coisas longe

demais, tinha também, aqueles

pensamentos que vagueiam para fora

da borda do mundo.

                                        OsmarVasconcelos



Atravessava as cinzas das
horas na noite vermelha,
profunda, linda, inútil, e
alheia.
Levava nos cabelos negros
uma flor, levava nos olhos o
calor da febre que ardia; e
do aroma que de sua flor se
esvaia, nascia a paixão no
sangue quente que das veias
me escorria... E com ela fiz
amor no coração.
Ninguém sabe de onde vinha,
para onde ia, nua a caminhar
sobre a lua, como uma flor
vermelha e vadia na frialdade
das ruas que lhe acolhia.

                                OsmarVasconcelos




FLOR DO MOCAMBO


Procuro-te na flor do
mato, mórbida flor do
mocambo, tua saudade
é tanta, que está me
matando, já que vives
entre espinhos, como
a flor do cacto.
Pela certeza de te achar,
acesa e vasta a paixão se
emprenha de (in)exatos
e (in)definidos sóis.
Indecentemente sórdida
e bela, inclina-te a olhar
como os girassóis os que
passam e não se acanha
em dizer...
Que me amas na hora
da seiva em tuas teias,
quando me beijas tórrida.

OsmarVasconcelos



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