VIVO
Vivo sem saber de mim,
sem um deus para minha crença,
soterrando conflitos, perdido no escuro
de teu silêncio, com lembranças de sabor
amargo...
Vivo triste de só, deitado por trás da
claridade, ao agrado dos seduzidos, sobre
a pele dos desinteressados, na alucinação
dos perseguidos. Vivo sem saber de nós,
no amor ferido, na sombra da rejeição,
orgulhosamente déspota, pérfido, maligno.
OsmarVasconcelos