AQUELA FINA MULHER

Aquela mulher sabia se fazer notar por onde passava. Seus olhos tinham um brilho especial. Seu rosto refletia a magia e a beleza das grandes divas. Alta, seios médios, corpo perfeito em um conjunto de coxas e bumbum admiráveis.

Aquela mulher já havia pintado os cabelos de vários tons, mais resolvera ficar loira por algum tempo, posto que a moda do momento era essa. Ao sair a rua, aquela mulher caminhava como se desfila-se poder, beleza e graciosidade. Usando sapatos de saltos altíssimos, ela deslizava a graciosidade de seus pequenos passos ante passos, levemente tocados ao solo sem um único e minúsculo barulho.

Aquela mulher atraia os olhares fascinados de homens e mulheres. Dificilmente não se ouvia comentários femininos do tipo: Nossa como queria ser assim. Como queria ter um corpo assim. Como queria sem bonita deste jeito ou andar com esta serenidade. E pelo lado masculino os olhares eram acompanhados de desejos, de gracejos e elogios. De cantadas e promessas que iam desde um SIMPLES JANTAR, até pedidos de NAMOROS e CASAMENTOS.

Aquela mulher vivia satisfeita com a generosidade com que era tratada por todos. Tinha a exata consciência do quanto era querida. Do quanto era amada e desejada. Sabia que valia a pena cada minutinho que perdia ao hidratar a pele, ao escovar os cabelos, ao cuidar das unhas e ao se depilar. Fazia tudo com naturalidade e adorava. Sua única tristeza era no momento em que se arrumava para desfilar pelas ruas a sua tão notada beleza física, pois era muito difícil de isolar, prender e esconder o sexo masculino, objeto de sua real revolta. Depois de algum trabalho lá estava a desfilar seu charme, AQUELA LINDA MULHER.

Carlos

poeta dos sonhos