DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (01/10/14)
Alceu FigueiredoUMA TRISTE NOTÍCIA circula na mídia, sobre os três cavalos roubados do Centro de Equoterapia, com o bonito nome “Estrela de Davi”, na cidade de Agudos, interior de SP. Os cavalos, Sereno, Panamá e Fidalgo, todos de raça indefinida, atendiam 42 pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Agudos.
Um deles, Fidalgo, de 11 anos, com artrose em uma das pernas, foi devolvido na base da Polícia Militar; os outros dois são prioridade da Polícia encontra-los, disse o delegado. Nessa altura de nosso Devocional, talvez já tenham sido localizados. A “Estrela de Davi” (Centro de Equoterapia) perdeu o seu brilho!
A Equoterapia é utilizada para melhorar o condicionamento de crianças e adultos, vítimas de algum acidente, ou que possuem alguma deficiência motora e, com dificuldade de aprendizagem ou necessidades especiais. A Associação Nacional de Equoterapia usa esse método terapêutico e educacional com cavalos como uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde e educação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial; e sua terapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1997; seguido do reconhecimento em 2008 pelo Conselho federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Os resultados são surpreendentes! Nossa filha Rachel Karin, vítima de um acidente recebeu os cuidados através da Equoterapia, fornecidos por terapeutas voluntários (as), e policiais do Destacamento de Cavalaria da Polícia Militar, especialmente treinados, que com seus cavalos, nas horas de folga, voluntários, davam sua contribuição.
Participamos dessas terapias e percebemos como as crianças com necessidades especiais reagem favoravelmente a este tratamento, que significa cura para alguns, e melhora nas condições de vida para todos. O tratamento com cavalos é eficaz do ponto de vista psicológico; pessoas chegam às terapias com uma imagem de si muito negativa, sem muitas perspectivas de melhora em sua deficiência motora, e começa a resgatar valores, começa a interagir e consegue uma melhora geral em sua saúde.
Outra notícia chocante foi àquela reportagem na TV, e vídeos na internet, com aquele bando de rapazes desocupados encurralando um pobre cãozinho, que se achava sem saída, e seria morto não aparecesse alguém que providenciou socorro. Não dá para entender essa barbárie de jovens que não tendo nada de útil para fazer, procuram se “divertir” torturando um animalzinho indefeso, alma vivente, criatura de Deus. Quem age assim, afronta o Criador dos animais.
Eu não sei até quando nossas leis vão ser complacentes com esses animais soltos pelas ruas; não falo de cavalos e cães, falo desses “animais” que foram criados imagem e semelhança do Criador, mas agem como cavalos e cães selvagens, não domesticados. Precisamos de leis rigorosas, que inclua como punição prestar serviços em Haras e Canil, especialmente nos finais de semana que eles gostam de se “divertir”.
Desde os primórdios da história da humanidade, cavalos e cães têm sido companheiros inseparáveis do homem. Em tempos remotos o cavalo foi o principal meio de transporte juntamente com o camelo; representando poderosa força e temor na guerra, o salmista observando uma exagerada confiança nos cavalos, disse: “Uns confiam em carros, outros em cavalos, nós porem, nos gloriaremos em nome de Jeová nosso Deus” (Sl 20:7).
Os cães, embora inapropriados para a alimentação, segundo a lei dada a Moisés, contudo, tem sido companheiro fiel e amigo do homem; sempre vigilante, na guarda da casa e de rebanhos, além da encantadora variedade de raças. A Bíblia diz que “o justo olha pela vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel” (Pv 12:10). Quer inimizade com Deus? Maltrate um animal.
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (02/10/14)
EPAFRODITO, não parece nome de uma pessoa, não é verdade? É um nome que não soa bem em nossa língua portuguesa, e nenhum pai daria esse nome a seu filho. Os pais sempre procuram nomes que soem bem em nossa língua, ou que lembre laços familiares, pais, avós, tios; líderes que se empenharam na justiça e liberdades; ou alguma referência boa que sirva de motivação quando for jovem.
Entre o povo de Deus é muito comum escolher nomes Bíblicos aos filhos que lembram eventos históricos, que magnifique a gloria e o nome de Deus, e que venham perpetuar histórias que jamais podem ser esquecidas. Deus escolheu um nome bem apropriado para Seu Filho, IESHUA [Yeshúa, ou Yehohsúa], que tomou a forma grega de Jesus, e significa: “Jeová é Salvação!”.
Cada vez que uma mãe chama seu filho Daniel, ela está lembrando que “Deus é meu juiz”, este é o significado; ou Davi (amado); Samuel (Deus ouviu) assim, o nome de Deus é glorificado; mas nenhuma obrigatoriedade há que se deva por nomes Bíblicos nos filhos, a escolha é um privilégio dos pais.
EPAFRODITO tema de nossa meditação, é nome duma raiz que significa “espumar”; mas na língua grega tem também o significado de “amável”; e quão amável foi esse homem! Ele era membro fidedigno da Congregação Cristã na cidade de Filipos, na Macedônia (59-61 EC); um valioso cooperador na obra de Deus.
Epafrodito é citado por Paulo na carta escrita à Congregação em Filipos, porque ele fora incumbido em levar socorros ao apóstolo Paulo na prisão; missão que desempenhara tão bem! E pode haver tarefa mais abençoada que socorrer nossos irmãos em tempos de adversidade? Não. Principalmente quando estão sofrendo por causa do testemunho e da Palavra de Deus.
O cristianismo hoje anda tão distante do Cristo que, provavelmente, Paulo seria desprezado e julgamentos não faltariam de que se foi preso, e Deus não o livrou, alguma coisa deve; ou quem sabe diriam que estava sendo punido por desobedecer a autoridades e confrontar ministeriáveis? Que diriam então, a um irmão que caiu numa desgraça qualquer? Mesmo que ele tivesse um histórico até então intocável diriam que nunca foi crente e o descartariam.
Sendo ou não por causa da Palavra de Deus, socorrer um irmão é deveras um privilégio! Quão gostoso será ouvir: “estive com fome, nu e preso, e me visitastes”; é isto que Jesus dirá aos que socorrem um de seus pequeninos. O irmão Epafrodito fez isto alegremente e de coração.
O apóstolo Paulo menciona que a tarefa de Epafrodito foi muito arriscada, ele chegou até bem perto da morte; mas não fez caso da vida, contanto que socorresse a Paulo. Contudo, este proceder amoroso de Epafrodito não evitou que viesse a adoecer gravemente; e isso deixou Paulo muito angustiado; e pensar que dias antes, até os lenços e aventais levados de Paulo curou muitos enfermos? Mas isto não se tornou prática na igreja, apenas, naquele momento, Deus ajustou Sua graça aos gregos para que tivessem fé em Jesus.
Mas Deus se apiedou de Epafrodito e Paulo se regozijava, pois finalmente se cumpria o desejo dos Filipenses em receber a visita deste abnegado homem de Deus, portador da carta de Paulo aos Filipenses, onde recomendava a acolhida costumeira como se recebendo ao próprio Senhor, e a ter estima a homens desta sorte. Epafrodito pode não ser um bonito nome em nossa língua portuguesa; mas lembra um homem notável que não se envergonhou de seu irmão na prisão; e o socorreu.
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (03/10/14)
O ESPIRITISMO à luz da Bíblia: sua história. O espiritismo moderno está ligado à pessoa de Hyppolyte Leon Denizart Rivail, conhecido como Alan Kardec; nascido em Lyon na França em 03 de outubro de 1804. Depois de estudos na terra natal, mudou-se para Yverdun, Suíça, onde estudou sob a direção do notável educador Pestalozzi, que muito o influenciou e a quem mais tarde substituiria. Professor de aritmética e pesquisador de astronomia e magnetismo, em 1824 voltou a Paris e publicou um plano para o aperfeiçoamento do ensino público; e tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.
A partir de 1852 começou a investigar fenômenos espirituais nos EUA, Reino Unido e Alemanha. Tomou conhecimento das “mesas girantes” e da escrita mediúnica, fenômeno que mais tarde testemunharia e passou a se comunicar com espíritos.
Um deles conhecido como “espírito familiar” passou a orientar o seu trabalho espiritual e teria revelado já o conhecer do tempo dos Druidas, nas Gálias, com o nome de Alan Kardec; pseudônimo que adotou e sob o qual publicaria suas obras mais significativas, que sintetizou as leis da doutrina espírita: O livro dos espíritos (1857). O que é o espiritismo (1859). O Evangelho segundo o espiritismo (1864) e a “gênese” (1868).
No Brasil o espiritismo encontrou campo fértil: Os indígenas adoravam os astros e praticavam toda sorte de magia, invocando os espíritos dos mortos. Os africanos por sua vez trouxeram várias práticas espíritas, que facilmente foram absorvidas associando-as aos “santos” da cristandade, todos têm seus correspondentes; como Iemanjá que corresponde a “nossa senhora”, Ogum [são Jorge], Xangô [são Jerônimo]; só mudam de nome. As crenças se identificaram por invocar mortos; sejam “canonizados santos”, espíritos desencarnados, almas penadas, e todos do chamado mundo espiritual invisível.
O espiritismo moderno teve sua origem na casa das irmãs FOX, nos EUA, quando duas senhoras, até então Metodistas, começaram a ouvir pancadas nas paredes e nos telhados e começaram a invocar espíritos dos parentes falecidos que acreditavam estar procurando se comunicar. Mas a prática espírita de se tentar comunicação com os mortos é bastante antiga e difundida entre os Babilônios, Egípcios, e Assírios antigos; esta é a razão porque Alan Kardec é chamado de “O Codificador” do espiritismo, ele apenas deu forma e doutrina a uma antiga religião.
Na verdade, a primeira sessão de mediunidade aconteceu no jardim do Éden quando um espírito, um anjo decaído, incorporou na serpente, que fez o papel de médium e se comunicou com Eva, a primeira mulher; contradizendo a Palavra de Deus sobre como obter a vida para sempre.
Segundo a Palavra de Deus, é impossível qualquer comunicação com os mortos, pois estes se acham inconscientes: “Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa alguma, sua memória foi entregue ao esquecimento” (Ec 9:5, 6). Por isso Jesus, mesmo sem especificar as ressurreições [serão duas principais], disse que todos os mortos, justos e injustos, estão nos túmulos aguardando uma ressurreição, da vida ou da condenação (Jo 5:28, 29).
Paulo em duas ocasiões discorre especialmente acerca dos mortos em Cristo: Afirma que estão aguardando na sepultura até a vinda de Cristo, quando serão ressuscitados num corpo imortal e os vivos transformados num piscar de olhos (I Co 15; I Tess 4:13-18). Quanto aos demais, serão ressuscitados para o juízo do trono branco após o milênio (Ap 20:10-15). O que foi dito no passado continua valendo para o povo de Deus: “Entre ti não se achará quem consulte os mortos, isto é abominação (Dt 18:10-12).
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (04/10/14)
UM dos maiores escritores das Assembleias de Deus foi EMILIO CONDE (1901-1971). Não digo pelo volume de obras ou temas; mas pelo pioneirismo numa época tão difícil e de parcos recursos. Com razão é chamado de “o Apóstolo da Imprensa Pentecostal no Brasil”.
EMILIO CONDE, de origem italiana, tem sua história ligada a CCB; pois se identificou com a missão “Pentecostal” Ítalo-Americana que acabara de chegar de Chicago, EUA, (1910) na instrumentalidade do missionário Luiz Franciscon; aceitou a Jesus como seu Salvador, tendo sido batizado nas águas na Congregação Cristã no Brás/SP, no dia 21 de abril de 1919, e logo em seguida batizado com a promessa do Espírito Santo.
Lembrando que tanto Franciscon, o iniciador das Congregações Cristãs no Brasil [1910]; como Daniel Berg e Gunnar Vingre, fundadores da Assembleia de Deus no Brasil [1911] vieram do movimento pentecostal da rua Azuza, EUA, sendo que Franciscon recebeu o batismo com o Espírito Santo na missão do pastor Willian Durhan; e como Berg e Gunnar já eram pastores Batistas Suecos, logo deram inicio as Escolas Bíblicas e iniciaram o trabalho com a literatura, o mesmo, por razões diversas, não ocorreu com a CCB.
Pois bem, no ano de 1937, o missionário Nils Kastherg que pastoreava a igreja em São Cristóvão/RJ, encontrou EMILIO CONDE trabalhando como intérprete em um restaurante, e logo se afeiçoou ao jovem, estendendo-lhe o convite: “Irmão Conde, necessitamos de alguém para atender ao expediente da redação de nosso periódico, o “Mensageiro da Paz” (Jornal). Sabemos que o irmão reúne em si todas as qualificações necessárias para tal cargo. O irmão aceita ser nosso redator?” Era o surgimento de uma das maiores Publicadoras Evangélicas do país [Casa Publicadora das Assembleias de Deus].
EMILIO CONDE, o então futuro escritor evangélico, sentindo a chamada e vocação de Deus para o ministério da literatura, e diante do convite simples e irrecusável, aceitou, e passou a frequentar a Assembleia de Deus entusiasmado com o fervor evangelístico pentecostal dos que ali se reuniam, tornando-se membro da AD em São Cristóvão; evidentemente sem o rebatismo.
Colaborador por 3 anos, em 1940 teve sua admissão oficial como funcionário da CPAD, e dai por diante, e por mais de 30 anos dedicou seu talento, sua cultura e sua espiritualidade a CPAD, hoje uma potência em termos de modernidade e publicações. EMÍLIO CONDE conservou sua humildade; de palavras simples e amena, dosada pelo bom humor e sinceridade, sempre confortando os angustiosos ou confusos; mesmo sendo o representante em Conferencias Mundiais Pentecostal, jamais ostentava os conhecimentos que possuía.
Nunca visou obter vantagens financeiras, fez do seu trabalho na imprensa evangélica não uma profissão, mas um sacerdócio. Doou-se a si mesmo, a Deus e aos irmãos, conforme II Coríntios 8:5. Li alguns bons livros dele: “O Testemunho dos séculos, História das Assembleias de Deus no Brasil, Igrejas sem Brilho, Nos Domínios da fé, Flores do meu jardim”.
Homem de oração; compôs 25 hinos da Harpa Cristã; não tinha maiores ambições e recusou sempre a ordenação de pastor, cantava no coral de sua igreja e tocava acordeom e órgão. Dormiu no Senhor em 05/01/1971 levando consigo a gloriosa esperança das “ruas de ouro e cristal da Jerusalém celestial”, hino que ele gostava de cantar.
Com alguns “filhos Denominacionais” que voltam para o “Egito” e o pecado; outros, revoltados, confusos e envolvidos em contendas e maledicências; é bom lembrar um “filho Denominacional” que honrou o “berço onde nasceu na fé”, e foi ceifeiro em outros campos, mas sob o mesmo Senhorio de Cristo.
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (05/10/14)
O Senhor seja contigo. Escrevo este Devocional com o coração muito sensível. Escrevo aos que não vão mais à igreja; ou ao templo que costumamos chamar de igreja. Talvez seja um dos muitos que tem perdido a fé, ou a tem, mas tão enfraquecida que já não encontra forças para ir às reuniões cristãs.
Eu sei que Deus não está preso lá no templo; o Senhor Jesus disse à mulher Samaritana que no novo arranjo de Deus não haveria um lugar específico para a adoração: “Vem a hora em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e em verdade” (Jo 4:21-24). Noutro lugar a Escritura diz: O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens. O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? (At 7:48, 49).
Mas desde os primórdios do cristianismo o povo de Deus tem se reunido para juntos considerar assuntos Bíblicos, louvar e adorar, e manter a comunhão, inclusive para cumprir o mandamento da celebração do Memorial de resgate, a Ceia do Senhor; até que Ele venha.
Sei, com Pascal, que o coração tem razões que a própria razão desconhece; contudo, no que diz respeito às nossas relações com Jesus Cristo e Sua Igreja, quando a razão prevarica, é porque o mal está à porta. Não sei se este é o teu caso; apenas pergunto-te: O Senhor Jesus é para ti hoje, o mesmo que nos dias da tua juventude: O Bom Amigo, Companheiro Leal, Conselheiro atento, o teu caminho e a tua vida? Ou já não entendes mais assim? Por que cresceste em sabedoria humana, ascensão ou declínio social; decresceste da graça do Senhor?
Gostaria de ouvir tuas queixas. Sentir tua alma; é bem possível que muitas delas tenham razão de ser. Uma das características da Igreja nos últimos dias é que por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriaria, e isto vem acontecendo gradualmente.
Principalmente quando esta falta de amor parte das lideranças; quando, ao contrário de Jesus, estão interessadas apenas nos “bons”, não há “macas nem enfermarias para os doentes na fé”; buscam apenas os “espiritualmente saudáveis”, que na visão deles são aqueles que concordam com tudo, que não são contra nem a favor de nada. Mornos.
Mas o amor de Deus por ti não esfriou e, prevendo tempos difíceis, te aconselha: “Não deixando a nossa congregação como é costume de alguns; ainda mais quando se aproxima aquele dia” (Hb 10:25). Entenda que a Igreja é divina em sua chamada e vocação, ela é um projeto de Deus antes da fundação do mundo; e Jesus Cristo ama a Sua Igreja; mas entenda que seu magistério é constituído de homens falíveis que como qualquer um de nós são tentados a amar apenas os que nos amam.
Não consigo me imaginar longe de minha congregação e do convívio com meus irmãos e amigos, faço isso já por mais de 55 anos, e nas poucas vezes que me vi privado devido enfermidades, senti na alma a saudade.
Volte à igreja de sua juventude; volte à igreja aonde conheceu ao Senhor e o louvava com alegria de alma; ame as pessoas que a ignoram, mostre que o amor não faz acepção. Dê a Deus a oportunidade de pô-los a prova sobre o dom excelente do amor. Deixo contigo a bênção Aarônica: Jeová te abençoe e te guarde; Jeová faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti (Nm 6:24-26).
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (06/10/14)
PASSADAS as eleições, renovam-se as esperanças, e é bom que seja assim. “Bom é ter esperança” (Lamentações 3:26a). Jó disse que até para a árvore cortada há esperança, ela pode se renovar (Jó 14:7). Fazemos a nossa parte, cumprimos nosso dever cívico, temos esperança de dias melhores, e confiamos na Soberania de Deus sobre povos e nações. Claro, que quando fazemos escolhas erradas sofremos as consequências; e num país onde ser “ficha limpa” virou virtude, não é fácil escolher.
Em nível Federal, ainda temos um 2º turno, e ai ficará decidido quem presidirá a nação nos próximos quatro anos. Com satisfação ouvi em minha congregação, na noite que antecedeu a eleição, que, enquanto igreja [instituição] nós somos apolíticos; seguido da explicação adicional, que ser “apolítico” não deixa de ser “político”; pois é, em ultima análise, uma posição “política”.
Então foi explicado, que não fazemos política partidária; apenas se recomenda a não votar em candidatos que não reconhecem a existência de Deus; e no mais, a escolha é de cada um segundo a consciência e o entendimento naquele momento. Não devemos entrar na onda derrotista do pessimismo; ao longo da história alguns homens bem intencionados têm conseguido grandes conquistas para a humanidade; a liberdade religiosa que tanto presamos é uma delas.
Quanto ao comentário anterior sobre “crer em Deus”, eu diria que é bastante vago, pois até os demônios creem e estremecem (Tg 2:19); além disso, para as pessoas existem muitos deuses; embora para nós um só Deus, e um só Senhor que é Jesus (I Co 8:5, 6) Muitos que dizem crer em Deus, na verdade agem ao contrário, apoiando leis iniquas que assassinam bebês indefesos, invertem a ordem de Deus em relação à família, apoiam ditaduras cruéis, causando estragos incalculáveis às próximas gerações; mas reconhecemos que “crer na existência”, não deixa de ser o parâmetro possível.
Mas a Palavra de Deus nos diz que “maldito o homem que confia no homem e faz da carne o seu braço” (Jr 17:5b). Isto não quer dizer que devamos desconfiar de todo mundo; mas precisamos aprender até aonde podemos confiar no homem e, tratando-se de governos, nosso tema, que usam da autoridade conferida por Deus, num arranjo amoroso para organizar a sociedade civil (Rm 13:1-7); devemos observar os limites que a palavra de Deus impõe: “a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”(Mt 22:21). Nossa confiança primeira e final deve estar somente em Deus: “Bendito o varão que confia em Jeová, e cuja esperança é Jeová” (Jr 17:7).
Nossa esperança grandiosa e infalível é o Reino de Deus que virá sobre toda a terra. O profeta Daniel [VI século AEC], sob inspiração divina interpretou o sonho do rei Nabucodonosor sobre a estatua cuja cabeça era de ouro fino, os peitos e os braços de prata, o seu ventre e as suas coxas de cobre, e as pernas de ferro; os pés em parte de ferro e barro; e anteviu a queda de todos os governos humanos e o estabelecimento do Governo Mundial de Cristo que não terá fim, representado na “pedra” que sem o auxílio de mãos humanas, esmiuçou as potências mundiais (Dn 2:44, 45).
Sem o auxílio de mãos humanas [religiosas ou políticas]; mas eleito por Deus governador de toda a terra; Jesus Cristo esmiuçará os governos humanos; por isso nos ensinou a orar: “Venha o Teu reino! para que a Tua vontade seja na terra como é no céu” (Mt 6:10).
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (0710/14)
A CATEDRAL de São Basílio, localizada na Praça Vermelha, no coração de Moscou, na Rússia, esta entre as mais belas obras arquitetônicas do mundo, e todo turista visitante a inclui no roteiro de viagem. Mundialmente conhecida por suas características cúpulas em forma de bulbo. Nós, pobres provincianos, a conhecemos somente através de filmes e histórias.
A construção desta bela catedral Ortodoxa deu-se entre os anos 1555 e 1561, e foi ordenada pelo Czar, conhecido como “Ivan o Terrível”, para comemorar a conquista do Cantão de Kazan. Foi o edifício mais alto de Moscou até a conclusão do Campanário de Ivã, o Grande em 1600.
O edifício original foi dedicado a “santíssima Trindade” e continha oito igrejas laterais dispostas ao redor do edifício central; a décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do conhecido Vasily (Basílio, o bem aventurado); e nos séculos XVI e XVII a catedral foi considerada o terreno da “Cidade Celestial”; popularmente conhecida como “Jerusalém”, e serviu como alegoria ao templo de Jerusalém. O edifício foi projetado em forma de chama de uma fogueira subindo ao céu.
Para quem conhece pouco da história religiosa, é bom lembrar que a Igreja Ortodoxa Russa é fruto do cisma em 1054 quando se separaram de Roma por questões religiosas, teológicas e, sobretudo, intrigas políticas e disputa pelo poder. Com o cisma a cristandade se dividiu entre os Ocidentais que deram origem a Igreja Católica Romana, que cinco séculos depois amargou a dissidência com a Reforma Protestante no século XVI.
A Igreja Católica Ortodoxa Oriental advoga a si como legítima herdeira da Igreja Primitiva; inclusive conservaram o batismo da imersão; e passaram a denominar sua igreja como Uma Santa Católica e Apostólica, o que quer dizer que segue os ensinamentos apostólicos numa sucessão ininterrupta; mais tarde denominada simplesmente por Igreja “Ortodoxa”, sendo que “Ortodoxa” tem o significado de “Doutrina Reta” e “Adoração Reta”.
Dizem possuir a verdadeira doutrina cristã e de estar louvando a Deus de maneira correta; mas quando confrontada com a Bíblia, suas crenças não se fundamentam na doutrina apostólica da justificação pela fé em Cristo e na mediação única de Jesus Cristo (Rm 5:1; I Tm 2:5), e toda a liturgia e paramentos em nada difere de Roma. A própria construção da Basílica em adoração a “são Basílio” põem em colisão a Igreja “Ortodoxa” e a Bíblia.
Mas ultimamente os conflitos diminuíram entre Católicos Romanos e Ortodoxos; o papa de Roma e o patriarca representante das Igrejas Ortodoxas [em tese são autônomas, mantém-se unidas em Concílios] têm sido vistos dando o “ósculo da paz”; alguns seguimentos “protestantes tradicionais” também têm osculado seus antigos e ferrenhos adversários. Esta união é vista de diferentes maneiras:
Os ecumenistas não Bíblicos acreditam numa paz mundial e na união das religiões, todos vivendo pacificamente, adorando juntos embora com crenças conflitantes entre si, ditando as regras, e Deus apenas dizendo amém. Os leitores da Bíblia enxergam sob outro angulo: Baseados nos capítulos 17 e 18 de apocalipse sobre a “mãe das meretrizes” acreditam que é uma união de “mãe e filhas” para recepcionar o anticristo.
O que muitos visitantes desconhecem sobre a famosa catedral de “São Basílio”, cartão de visita da cidade de Moscou, é que seu idealizador e sua construção não foram desde o início abençoado por Deus. O Czar, maravilhado com a linda construção, mandou cegar os dois olhos do arquiteto que a construiu para que jamais construísse algo semelhante. Bem disse Jesus: “Nenhuma árvore má pode produzir bons frutos” (Mt 7:17).
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (0810/14)
HÁ MAIS de meio século quando fui convertido a Cristo, principalmente os crentes de origem pentecostal usavam uma terminologia não muito usual entre o povo comum. A leitura Bíblica constante levava a usar palavras como Israel, Egito, Canaã, deserto, Jordão, escravidão, jugo, numa metáfora no linguajar do dia a dia, que os de fora da comunidade ficavam sem entender.
Naquele tempo não se “buscava” a Palavra para as coisas do cotidiano e problemas que são comuns a todos. A Palavra estava no coração, na mente do crente, e no Santo Livro que traziam consigo; na leitura em família que se fazia cada noitinha. A ida à Igreja era para levar a oferta ao Senhor e ser edificados pela Palavra; que visa primeiramente a edificação do corpo de Cristo e o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4:11, 12).
Buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, tem como resultado uma vida cristã com segurança; que nem a fome, nem a nudez, perseguição, doença ou morte separa o crente do amor de Deus em Cristo Jesus (Rm 8:31-39). É assustador que depois de tantas manifestações e provas do amor de Deus, ao oferecer Seu único Filho; ainda tenha crente que vá à igreja para saber se Deus o ama; mais assustador ainda, que tenha pregadores afirmando o “Deus te ama” numa inspiração extra Bíblica, revelação de última hora.
Ainda falando em metáforas, recordo-me do velho coral constituído de uma cepa de homens dos quais o mundo não era digno, cantando noite após noite o belo hino “O caminho é longo mau, os nossos pés feridos estão; Na jornada anelando mais e mais sua proteção. Estará ainda longe Canaã”. Lembrando a peregrinação de Israel pelo deserto e encorajando o povo de Deus a não desanimar em sua caminhada.
Uma palavra muito usada era a palavra “GENTIO”. Meus saudosos sogros, exemplo de fidelidade, ao se referir a um não crente usava muito o termo “gentio” que biblicamente designava um não israelita, e deriva do latim “gens”, significando clã ou um grupo de famílias e é muitas vezes usada no plural. Os tradutores cristãos da Bíblia usaram esta palavra para designar coletivamente os povos e nações distintos do povo Israelita.
A palavra é especialmente importante nas cartas do apóstolo Paulo para designar os povos Europeus; que iam se convertendo ao cristianismo de raízes judaicas; ele mesmo um judeu, da tribo de Benjamim, da seita mais influente do judaísmo que eram os fariseus; ainda que tivesse nascido em Tarso, uma província da Cilicia; a atual Turquia; mas como todo judeu conservou sua identidade e era educado na Palavra da Escritura e nas tradições judaicas.
A partir do século XVII o termo “GENTIO”, ou no mesmo sentido o termo “goy” foi muito usado para referir-se aos não judeus; mas em tempos recentes, ambos os termos passaram a ser mal vistos, discriminatório para alguns, e usa-se como substituto apenas a expressão: “não judeu”.
Na análise de termos Bíblicos, ainda temos a palavra “PROSÉLITOS” (do grego prosélytos) que designava os gentios convertidos ao Deus de Abraão; que passavam a ser tratados como uma classe especial de adoradores aceitos por Deus no Pacto feito com os Israelitas.
Finalmente, quem nasce nas terras de Israel hoje, é um ISRAELENSE; e ISRAELITA, uma referência aos que praticam o culto judaico e, de certo modo, os cristãos da Nova Aliança. JUDEU: nome dado, originalmente, a uma pessoa natural da Judeia; e, HEBREU: Vindo do outro lado; que “atravessou o rio” (Jordão). Apenas familiarizando com termos Bíblicos.
DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (0910/14)
NESTA DATA em 1958 falecia o papa Pio XII [1876-1958]. A palavra “Pio”, empregada aos papas da cristandade, significa “aquele que revela piedade”. O nome “papal” em lugar do nome de batismo surgiu na Idade Media. No ano 533 João II adotou esse nome porque tinha o nome do deus pagão Mercúrio; mas foi a partir de 996 quando Gregório 5º renunciou ao nome de batismo que o título tem sido adotado pelos seus sucessores.
O título “papal” é uma espécie de “título real”, semelhante aos das nações; e o poder papal superou em poder: destronou reis de algumas nações; mudou calendários, delimitou terras e; no catecismo católico deu uma nova versão aos Dez Mandamentos da Lei de Deus [mudou a Lei]. O título de “Pontífice” (do latim pontifex) significa “construtor de pontes”, copiado de imperadores romanos; significando que o “Pontífice” é a ponte que liga os homens a Deus. Cristo é nosso único Pontífice (ponte entre Deus e os homens).
PIO XII, seu nome de batismo era Eugenio Maria Giuseppe Giovani, pontificou de 1939 a 1958. Foi o único papa do século XX a exercer o que chamam de “Magistério Extraordinário da infabilidade papal”, um dogma de seu antecessor, Pio IX, que em 1870 conferiu aos papas o título de infabilidade quando pronuncia ex-catedra; e isto quer dizer que ir contra um dogma da igreja é ir contra Deus. Usando dessa prerrogativa em 1º de novembro de1950 o papa Pio XII decretou o dogma da Assunção de Maria, na sua encíclica “Munificentissimus Deus”.
Acusado por alguns de fazer “ouvidos moucos” ao clamor durante a 2ª Grande Guerra, é defendido por seus pares, de ter atuado na sombra uma forte campanha a favor dos judeus; o certo é que recebeu homenagens do presidente americano Eisenhower, e da primeira ministra Israelense Golda Meir, como “um grande servidor da paz”. Mas judeus e cristãos não perdoam o fato de ter silenciado contra o nazismo.
O dogma da Assunção de Maria de acordo com as Igrejas Católica Romana, Ortodoxas Orientais e partes do Anglicanismo, é que Maria, mãe de Jesus, ao final de sua vida terrestre foi elevada de corpo e alma para o céu, e se acha na gloria celeste intercedendo pelos pecadores; e para corroborar a Assunção, gloria e intercessão de Maria, teólogos católicos interpretam 12 de apocalipse sobre “a mulher vestida de sol” com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, como sendo Maria glorificada; dai também a chamam de “rainha dos apóstolos”.
Isaías apresenta simbolicamente Jeová como marido da nação de Israel (Is 54:5). A “mulher vestida de sol” do apocalipse trata-se da nação de Israel que deu Cristo ao mundo e que será severamente perseguida durante a Tribulação quando o anticristo, depois de fazer um concerto com os judeus, no meio da Tribulação de 7 anos [1260 dias =3 anos e meio] quebrará o acordo e se voltará contra Israel. Nesse tempo se levantará Miguel o Grande Príncipe em defesa de Israel (Dn 12:1).
Nós cremos que Maria, junto a todos os santos aguarda a bem-aventurada ressurreição (I Co 15 e I Tess 4:13-18); quando simultaneamente com os crentes vivos serão transformados num corpo imortal. Maria nunca pretendeu os títulos que lhe conferem; ela glorifica Jeová como o Autor da salvação; pois ouviu do anjo na anunciação que Jesus seria chamado filho do Altíssimo (Lc 1:31, 32, 46-56). As Escrituras sabiamente, e prevendo esse desvio, não faz qualquer referência a morte de Maria.